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19 julho, 2021

A pedra de corisco

Resultado do rápido deslocamento de elétrons na atmosfera, o raio é um fenômeno que produz um clarão (relâmpago) e aquece o ar a seu redor gerando um forte som (trovão). Segundo o instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Brasil é medalha de ouro na queda de raio, ao registrar uma incidência média anual de 77,8 milhões de raios.
Existem diversos tipos de raios ou descargas atmosféricas. Os três tipos mais comuns são os raios entre nuvens, nuvens-solo e solo-nuvens. O tipo que se desloca das nuvens para o solo, além do clarão e do som, ao tocar o solo pode dar origem à chamada "pedra de raio" ou "pedra de corisco".
Na verdade, a pedra de raio ou corisco é o resultado do derretimento (fusão) do solo da área tocada pelo raio. A corrente elétrica aquece subitamente os materiais encontrados no solo, fundindo-os, os quais ao se resfriarem adquirem a forma de vidros de contorno irregular, em geral alongados, conhecidos científicamente por fulguritos ou fulgurites (do latim fulgur – raio).
Em 1996, uma equipe liderada pelos Professores Martin A. Uman e Vladimir A. Rakov, do Department of Electrical and Computer Engineering da University of Florida, encontrou o que, até agora, é considerado o maior fulgurito do mundo, com uma de suas ramificações medindo 4,8 metros (de "a" a "b" , na imagem ao lado). No Brasil, os fulguritos são mais facilmente encontrados em áreas de dunas como em São José do Norte, litoral sul do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Barreirinhas no Maranhão.
No mercado de colecionadores, uma amostra de fulgurito (dependendo do tamanho, origem, aspecto textural) vale em média R$100,00. Em tempo de crise…
Referências
http://gmga.com.br/tempestades-raios-e-fulguritos/
http://www.inpe.br/webelat/homepage/menu/el.atm/perguntas.e.respostas.php
http://blogdopg.blogspot.com/2012/11/fulgurites.html

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