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12 dezembro, 2020

Com paciência e cuspe

Um destaque da coleção da galeria de arte do Mannheim, a pintura a óleo "A execução do imperador Maximiliano do México", de Édouard Manet, está sendo cuidadosamente limpa com uma fórmula inesperada para leigos: uma solução de água destilada e saliva (artificial).

Katrin Radermacher, chefe do departamento de restauração, trabalhando com máscara e luvas no quadro de Manet.

Não houve um tal Mr. Bean, no final dos anos 90, que deu à pintura "Arranjo em cinza e preto nº 1", de James McNeill Whistler, um tratamento especial com saliva? (*)
Bem, o que a princípio soa como uma piada é, segundo Radermacher, um "método completamente sensível e sensível", desde que o material processado permita sua utilização. "A saliva é perfeitamente adequada porque contém enzimas especiais (como a α-amylase) que quebram a contaminação da superfície", explica a restauradora de Mannheim.


(*) O episódio da restauração mal-sucedida do "Whistler's Mother" é uma situação isolada. Contudo, levanta a hipótese de que usar a saliva não seja muito apropriado (assim como o Thinner, claro) para o caso de um restauro pós-espirro.

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