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14 dezembro, 2020

A carta de Solimão, o Magnífico

"Eu, que sou o sultão dos sultões, o soberano dos soberanos, o distribuidor de coroas aos monarcas da face da Terra, a sombra de Deus na Terra, o sultão e senhor soberano do Mediterrâneo e do Mar Negro, da Rumélia e Anatólia, da Karamânia e da terra de Rum, da Zulkadria, Diyarbakir, do Curdistão, do Azerbaijão, da Pérsia, Damasco, Cairo, Aleppo, de Meca e Medina, de Jerusalém, de toda Arábia, do Iêmen e de muitas outras terras, as quais meus nobres antepassados e meus gloriosos ancestrais - que Deus ilumine suas tumbas - conquistaram pela força dos seus braços e pelas quais minha augusta majestade as fizeram submissas à minha espada flamejante e sua vitoriosa lâmina, eu, Sultão Solimão, a tu, Francisco, o Rei da Província Francesa, blá, blá, blá..."
Com uma carta que começava nos termos acima, o sultão Solimão fez ciente o rei Francisco I, da França de que estava a caminho para livrá-lo do imperador Carlos V, do Sacro Império.
Se considerado um cara muito prolixo em sua correspondência, no campo de batalha, ao contrário, Solimão foi direto ao ponto. Em apenas duas horas, derrotou o imperador húngaro Luís II, aliado de Carlos V e por este patrocinado, o que transformou imediatamente os otomanos em vizinhos diretos do Sacro Império Romano, de Carlos V. Com isso, ele aliviou a pressão de Carlos V sobre o rei francês e a famosa aliança franco-otomana foi formada, durando mais de três séculos. É mole?

Batalha de Mohács (29 de agosto de 1526) ((Quora))

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