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16 outubro, 2020

Código do Bom-Tom

Com regras da civilidade e de bem viver no século XIX, pelo cônego português José  Ignácio Roquette (1801 - 1870). Publicado em Portugal em 1845, este guia de boas maneiras logo ganhou uma fiel legião de leitores na corte imperial brasileira.

Lilia Moritz Schwarcz (Org.)
Lançamento: 05/12/1997
ISBN: 9788571647343
Selo: Companhia das Letras


A partir de finais do século XVIII, mas sobretudo durante o século XIX, toma força um novo gênero literário consagrado às boas maneiras. Escritos de modo claro e didático, os guias de boa conduta dedicavam-se à "ciência da civilização" e introduziam seus leitores nas atividades que marcavam a vida de sociedade: bailes, reuniões, saraus e jantares.
No entanto, juntamente com a civilidade vinha o aumento do embaraço, que se traduzia, nesse casso, em regras de higiene. Os manuais aconselhavam a evacuação diária, banhos de quinze em quinze dias, além da troca de roupa-branca tão logo estivesse suja. A civilização leva sempre à restrição dos costumes, e a dificuldade está em evitar os gestos naturais. Reprimir o espirro, não coçar a cabeça e muito menos meter os dedos no nariz, não levar a mão à boca nem roer as unhas, nunca arrotar. Nesses manuais estão descritas atitudes e gestos que passam a ser obrigatórios.

VÍDEO imperdível.

Em LINHA DO TEMPO:
Recordo-me de que, na década de 1960, havia um exemplar do "Guia de Boas Maneiras" (imagem da capa) em minha casa.
Antônio Marcelino de Carvalho (São Paulo, 1905 – 1978), o autor do livro (e de outros do gênero), foi jornalista, escritor, cronista e um mestre de etiqueta na década de 1950, tendo seus livros permanecido clássicos nas décadas seguintes.
Era filho de Antonio Marcelino de Carvalho e Brasília Machado de Carvalho.
Criador da "Crônica Social" no Brasil.
Seu "Guia de boas maneiras" aborda "as boas e corretas normas de conduta na vida em sociedade". Dividido em capítulos que se subdividem em apresentação, saudação, convites, recepções e tudo o que se refere à mesa (etiqueta, maneira de convidar, arrumação da mesa, entre outros), passando pelo casamento, nascimento, primeira comunhão, presentes e conversas.

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