A famosa "Gripe" que assolou o Pasquim aconteceu de 1.º de novembro a 31 de dezembro de 1970. Nesse período, nove jornalistas do semanário estiveram encarcerados. Era a época do governo Médici, o período mais duro do regime militar (em que tudo podia acontecer aos presos políticos, inclusive o desaparecimento físico).
Foram presos Paulo Francis, Jaguar, Ziraldo, Luiz Carlos Maciel, Paulo Garcez, Flavio Rangel, Sérgio Cabral, Tarso de Castro e Fortuna.
Durante o período em que estiveram de cana, o jornal manteve-se em circulação editado por Millôr Fernandes, Henfil e Martha Alencar. E colaboraram com "O Pasquim", entre outros, Chico Buarque, Antônio Callado, Odete Lara, Jô Soares e Glauber Rocha.
A prisão ficou conhecida como "A Gripe", pois era com esta ironia que justificavam no jornal a ausência da maior parte da equipe. Além de fazer seus desenhos, Henfil também fez cartuns imitando o estilo de cartunistas presos, o que deixava os militares intrigados. "Pô!", diziam, "saiu um desenho do Fortuna. Mas o Fortuna não está aqui preso?".
Essa cana foi motivada por uma paródia do quadro "Independência do Brasil", que foi considerada "extremamente desrespeitosa" pela repressão. O cartunista Jaguar reproduziu o quadro de Pedro Américo no Pasquim, apresentando D. Pedro, com a espada erguida, gritando: — Eu quero mocotó!
Vejam…..
Fonte: http://bndigital.bn.gov.br/dossies/o-pasquim/memorias/
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