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10 junho, 2020

Estátuas na mira dos manifestantes

É o efeito George Floyd.
Em Bristol, no Reino Unido, manifestantes decidiram corrigir um erro histórico. Eles derrubaram domingo, 7, a estátua de um escravocrata do século 17, Edward Colston. Em seguida, jogaram a homenagem ao traficante de escravos no fundo do rio. Agora a luta é para acabar com outras referências a ele (como o nome Colston Tower em uma torre).


O debate se espalhou pelo país.
O prefeito de Londres Sadiq Khan criou uma comissão para reavaliar o patrimônio público da cidade. Não só de suas estátuas, mas também de suas ruas e prédios públicos. A idéia é mudar o que não mais reflete os valores da cidade.
Em Oxford, há também um movimento que pede a retirada da estátua do imperialista Cecil Rhodes da Universidade. Os manifestantes falam que a estátua enaltece o racismo colonial.
Enquanto isso, em Antuérpia, na Bélgica, as autoridades da cidade retiraram a estátua de Leopoldo II. Ele ficou marcado na história pela política imperialista que praticou no Congo, no Congo, onde matou mais de dez milhões de pessoas. Contudo, a estátua deverá ficar em um museu.
Seria interessante que também ficassem: 1) uma placa, no local de onde a estátua foi retirada, explicando as razões de sua remoção; e 2) outra placa, no museu em que ela for recebida, contando um pouco da verdadeira história do "homenageado". Nunca se sabe.

http://t.co/VopQu8vixY, um tweet de Nathália Urban.
Comentário - Mark Twain escreveu uma sátira sobre Leopoldo II da Bélgica chamada "Solilóquio do rei Leopoldo: Uma defesa de seu domínio no Congo", em que ele zombou da defesa que o monarca fez de seu reinado de terror no país africano (em grande parte com as palavras do próprio Leopoldo). ~ PGCS

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