Acendendo uma vela no espaço
Primeiro, vamos ver como a combustão funciona aqui na Terra. Imagine uma grande fogueira, brilhando na encosta de uma montanha, com você e seus melhores amigos assando alguns marshmallows. Por um momento, você pondera sobre o fogo em si. Como tudo isso funciona? Conforme as moléculas de oxigênio (O2) e de gás carbônico (CO2) giram em torno de sua cabeça, você começa a entender a situação. Quando o combustível (madeira) queima, ele aquece o ar ao redor, tornando-o menos denso. E, como a gravidade puxa para baixo qualquer coisa com uma densidade mais alta, o ar quente vai para cima deixando a proximidade do fogo, o que, aliás, é muito conveniente. Com o ar quente distanciado, o ar fresco é então atraído para a chama, proporcionando uma nova fonte de ar rico em oxigênio.
Isso é o que faz a chama tremular. Assim, o ciclo continua até que todo o combustível seja usado. Na microgravidade, no entanto, as coisas são diferentes. Não há uma corrente ascendente e o oxigênio é atraído para a chama por um mecanismo completamente diferente.
O primeiro experimento desse tipo foi realizado em 1997, a bordo do ônibus Columbia.
À esquerda: uma chama de vela em gravidade normal;
à direita: uma chama de vela em microgravidade. Imagem: Science
A primeira coisa que os cientistas notaram foi a forma da chama. Enquanto na Terra a chama é alongada, na microgravidade ela é esférica - como uma bola de fogo. Isso porque a chama esférica é alimentada por um processo mais lento de difusão, de modo que a chama ocorre na fronteira entre o combustível e o ar. Efetivamente, toda a superfície da chama é o "fundo", reagindo com ar fresco próximo o suficiente da fonte de combustível para queimar. Como os gases de escape, como o CO2, não podem deixar a área de combustão, a difusão para fora dos gases de combustão pode limitar a difusão interna do oxigênio, a ponto de a chama na gravidade zero poder morrer pouco tempo depois da ignição.
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Arquivo: Por que a chama não produz sombra?
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