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11 outubro, 2019

A noite das luzes mortais

Comentando a nota A busca de vida nos planetas que brilham (blog EM, data: 10/10/2019), Fernando Gurgel citou este artigo: Bioluminescência: o incrível e raríssimo fenômeno que só acontece aqui em Goiás (site Curta Mais, data: 27/10/2015, upgrade: 12/01/2019), em que "cupinzeiros ficam cheios de pontos brilhantes durante à noite, criando um cenário mágico e de encher os olhos".
"A busca de vida...", na verdade, fala em fluorescência. Vejamos o que distingue a fluorescência da luminescência:
A fluorescência é o fenômeno pelo qual uma substância emite luz quando exposta a radiações do tipo ultravioleta, raios catódicos ou raios X. As radiações absorvidas (invisíveis ao olho humano) transformam-se em luz visível, ou seja, com um comprimento de onda maior que o da radiação incidente. Este fenômeno ocorre usualmente em "tempo real", com o material fluorescente brilhando apenas enquanto exposto à fonte primária de energia.
Já a bioluminescência difere da biofluorescência (a fluorescência em um organismo vivo) por ser a produção natural de luz por reações químicas dentro de um organismo. Um vaga-lume e um tamboril são bioluminescentes.
Ainda há a biofosforescência que é semelhante à biofluorescência em sua exigência de comprimentos de onda de luz como um fornecedor de energia de excitação. A diferença aqui está na relativa estabilidade dos elétrons energizados.

Night of the deadly lights by Ary Bassous (Brazil). The Guardian

Em noites tranquilas e úmidas, os cupinzeiros do Parque Nacional das Emas, no cerrado brasileiro, brilham com estranhas luzes verdes. Estas são as iscas bioluminescentes das larvas de besouros que vivem nas camadas externas dos montes. Quando as condições são adequadas, eles saem de seus túneis. Acendendo seus "faróis", eles esperam as presas - geralmente cupins voadores que emergem para acasalar e procurar novos lugares para colonizar.

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