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12 setembro, 2019

A berne como rito de passagem

Berne é uma infecção produzida por um estágio larval (tapuru, no popular) da mosca Dermatobia hominis, conhecida no Brasil como mosca-berneira, a qual infecta diversas espécies animais, eventualmente o ser humano.

Para a maioria, ter uma berne no corpo não seria motivo para comemorar.
Mas a maioria das pessoas não é entomologista (pessoas que estudam insetos), e aparentemente, alguns entomologistas topam essa parada. Segundo Phil Torres, biólogo tropical e entomologista, esse é um rito de passagem para aqueles que estudam insetos.
Phil Torres tem uma larva em suas costas.
"Conheço alguns entomologistas mais velhos que fizeram exatamente isso, e eles me contavam histórias quando eu ainda era universitário sobre a vez que pegaram uma berne e esperaram para ver quanto tempo aguentavam ficar com ela”, diz Torres. "Você pode dizer que é tipo um rito de passagem." [,,,]
"Não é segredo que entomologistas procuram oportunidades para ter a berne. Vemos isso quase como uma medalha de honra. No mundo dos trópicos há duas conquistas assim: ser picado por uma formiga-cabo-verde e outra é pegar uma berne. Consegui a picada da formiga alguns anos atrás. É a picada mais dolorosa do mundo, dói demais... É uma experiência interessante – você pode aprender mais sobre a natureza que estuda de um modo muito íntimo, por assim dizer." [...]
"É meio estranho, você consegue sentir a larva se mexendo..., Então, eu brinco com a minha esposa dizendo que 'ela está chutando', como se fosse um bebê."
Sua entrevista completa no site VICE Brasil.

Ler também: Como me tornei isca de sanguessugas

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