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13 setembro, 2019

A abdução das canetas

Cada caneta que desaparece contribui para fortalecer a hipótese de que as canetas são sondas que retornam a seus donos alienígenas.
As borrachas também. Conforme você vai apagando seus escritos, elas vão coletando as informações que levarão para um mundo distante.
Eu não conheço uma pessoa que já usou uma borracha até o final.
Sabe aquela teoria que diz que "do chão não passa"? É pura mentira!
Então, a caneta cai no chão e passa para uma outra dimensão?
O melhor da caneta Bic é a a tampa. Na hora de coçar o ouvido não tem nada melhor.
A Bic é a única empresa no planeta que produz os dois itens mais roubados da história: a caneta e o isqueiro, e esse ciclo nunca acabará.
[https://twitter.com/wwwmlna/status/1112049290908708866]

A abdução das canetas é fichinha diante da abdução dos guarda-chuvas. PGCS

Um comentário:

  1. Meu problema são as meias:

    O país dos guarda-chuvas e outras praças - Zander Catta Preta

    É fato sabido que os guarda-chuvas são criaturas temperamentais e matreiras mas, a despeito disso, conseguiram uma simbiose histórica com os seres humanos. Há milhares de anos, os guarda-chuvas - assim como os cães, ratos e baratas - adaptaram-se às primeiras comunidades nômades de homo sapiens e adaptaram-se perfeitamente.

    A disseminação dos guarda-chuvas nas comunidades humanas está bem documentada por registros históricos, mas uma dúvida sempre pairou entre os biólogos que se dedicavam a estudá-los: "Onde eles se reproduzem?"

    Esse mistério foi recentemente resolvido por uma equipe multidisciplinar de arqueólogos, biólogos e dançarinos de frevo que foram até o Sul da China revelar, após dezenas de milhares de anos, uma área semi-virgem onde os guarda-chuvas se reproduzem após migrar por centenas de milhares de quilômetros do mundo todo.

    Os moradores da província de Zhen-Cha - principal porto de captura, treino e exportação de guarda-chuvas selvagens do mundo - já conheciam os fluxos migratórios dessas criaturazinhas ariscas e ajudaram muito no mapeamento até a grande descoberta final.

    Ainda restam alguns mistérios que envolvem esses animais exóticos como o processo de catalepsia controlada quando na presença de seus domadores e a fobia instintiva de ventos fortes que acomete a todas as espécies conhecidas de guarda-chuvas, sombrinhas e guarda-sóis.

    O cemitério das canetas esferográficas

    Ao Sul do País dos Guarda-chuvas, os pesquisadores fizeram outra incrível descoberta: o lendário Cemitério das Canetas Esferográficas.

    Poucos seres humanos presenciaram a morte de uma caneta esferográfica em mãos, ou ainda, acompanharam o seu ciclo de nascimento, desenvolvimento e morte completamente, a ponto de não se saber a extensão de vida média desses animais sapientíssimos. Sabe-se, contudo, que eles revelaram-se à humanidade em meados do século XX, na França, e foram rapidamente integrados à sociedade e logo tomaram o lugar de um primo evolutivo seu: a caneta-tinteiro.

    Os pesquisadores estranharam a forte presença de fósseis de bicos-de-pena e algumas tumbas violadas de canetas-tinteiro ao se aproximarem do País dos Guarda-Chuvas mas nada se comparou à surpresa de encontrar centenas de milhões de sepulcros de canetas esferográficas.

    Algumas poucas canetas nativas da região foram entrevistadas, mas nada conclusivo chegou-se até agora. Por outro lado, elas foram bem receptivas ao descrever o Condado das Meias.

    O Condado das Meias

    Esse outro palco de lendas foi revelado nessa mesma expedição, quase que por acaso, e a sua história revelada inteiramente pelos nativos residentes do Cemitério das Canetas Esferográficas. As meias - escravizadas há centenas de anos pela humanidade - tramam uma rebelião atávica desde o início de sua história conhecida.

    Recentemente - cerca de quarenta anos atrás - elas criaram o plano ideal de fuga da tirania humana imposta a esses dóceis seres. As meias abandonam a sua metade inerte, como uma lagartixa abandona a sua cauda, e buscam locais obscuros nas habitações humanas - fundos de gavetas, máquinas de lavar e cestos de roupas - e fogem ao primeiro sinal de distração dos seus algozes. Das casas dos humanos até o Condado das Meias, há uma vasta rede mundial de canetas esferográficas que dá suporte e amparo às meias para que migrem até o seu destino final.

    Emissários de diversos países estão se mobilizando para recapturar as meias perdidas.

    https://casadozander.wordpress.com/2008/02/27/o-pais-dos-guarda-chuvas-e-outras-pracas/

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