
Sua longa e produtiva carreira continuou muito tempo depois de sua aposentadoria oficial. Sua "Flora of Guadalupe Island, Mexico", foi publicada em 1996, quando ele tinha 80 anos, e seu texto sobre as Crassulaceae para a "Flora of North America" foi apresentado alguns anos depois. Este apareceu no volume 8 da FNA, publicado apenas alguns meses antes de sua morte.
Aqueles que o conheceram e viajaram com ele durante a última metade do século passado lembram-se dele como um homem grande e vigoroso, igualmente disposto a subir ao pico mais alto ou a cantar para o grupo cansado ao redor da fogueira. De acordo com Dick Schwenkmeyer, que às vezes coordenava viagens a museus com Reid, ele "conhecia cada palavra de cada canção popular australiana e queria que todos cantassem juntos".
Ele era famoso como um explorador da Baixa Califórnia, onde seguia todos as trilhas de terra - que nos velhos tempos era tudo o que havia - em todos os cantos remotos e montanhas. Mulas serviam-lhe onde caminhões não podiam ir. Uma quase desastrada caminhada de três meses pelas montanhas da península central em 1964 resultou na morte de vários animais: um para um leão da montanha e dois para a sede. As pessoas felizmente sobreviveram.
A Ilha de Guadalupe, uma ilha oceânica vulcânica a 260 km a oeste da península da Baixa Califórnia, foi a paixão de Reid ao longo da vida e sua contribuição direta mais visível para a conservação. Sua primeira visita à ilha ocorreu em abril de 1948, pouco antes de seu retorno a Berkeley, para retomar sua carreira de pós-graduação interrompida pela guerra. Suas notas de coleta registram catorze visitas à ilha desde aquela data até 1981, o ano anterior à sua aposentadoria.
Ele documentou a quase completa destruição da vida vegetal naquela ilha devido à presença de cabras selvagens. Em suas conversas sobre a ilha, algo sempre lhe fazia dar risada: uma foto de seus companheiros assando um bode no espeto sobre a fogueira, com seu comentário irônico: "Nós encontramos o inimigo ... e o comemos". O declínio da vida vegetal na ilha foi, pelo menos em parte, responsável por convencer o governo mexicano a remover as cabras de lá. Este esforço resultou em um notável recuperação da vegetação, incluindo o reaparecimento em mais de um século dos ciprestes e pinheiros endêmicos.
Extraído de: Remembering Reid Moran: Legacy of a Botanist, San Diego Natural History Museum
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