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11 janeiro, 2019

Hélio-3: o combustível do futuro no satélite natural da Terra

por Nayan Seth, Li Jingy

Nenhum ser humano colocou os pés na superfície lunar desde que as missões Apollo da América terminaram em 1972. Quase cinco décadas depois, a Lua não é vista apenas como o satélite natural da Terra.

Além das missões tecnológicas, cientistas ao longo dos anos pesquisaram a presença de minerais preciosos e energia inexplorada na Lua que poderiam ser usados ​​na Terra.

Mas por que as pessoas continuaram trabalhando na exploração da Lua? Aqui pode estar a resposta.

Além de ajudar os seres humanos a estudar o mistério do sistema solar, a Lua atraiu a atenção global devido à presença de ricos recursos naturais em sua superfície e no núcleo.

Assim, é por vezes referida como o Golfo Pérsico do sistema solar. Os cientistas acreditam que a Lua está cheia de recursos como elementos de terras raras, titânio e urânio.

Mas o elemento mais importante é o hélio-3. (*)

O isótopo hélio-3 é extremamente raro na Terra, mas existe em abundância na Lua.

É emitido do Sol e transportado por todo o Sistema Solar por ventos solares, mas é repelido pelo campo magnético da Terra, com apenas uma pequena quantidade penetrando na atmosfera.

Mas para a Lua, onde o campo magnético é fraco e a atmosfera é extremamente fina, o Hélio-3 é depositado em quantidades significativas.

Acredita-se que o elemento seja um componente crítico no desenvolvimento de energia de fusão termonuclear controlada, um processo difícil, mas ainda possível.

Olhando para o potencial do hélio-3, os especialistas acreditam que 5 mil toneladas de carvão poderiam ser substituídas por apenas 40 gramas de hélio-3.

E apenas oito toneladas de hélio-3 em reatores de fusão forneceriam a energia equivalente a um bilhão de toneladas de carvão, reduzindo drasticamente os custos de transporte e protegendo o meio ambiente.

Em uma entrevista à BBC em 2013, o principal cientista chinês, Ouyang Ziyuan, estimou que os recursos de hélio-3 da Lua poderiam resolver a demanda de energia dos seres humanos por pelo menos 10 mil anos.

Mas ainda estamos a décadas de realmente fazer a mineração na Lua, retornando com suas riquezas e, finalmente, usá-las.

(*) O hélio-3, abreviado como He-3, é uma forma isotópica não-radioativa do hélio. Os núcleos de hélio-3 consistem em dois prótons, mas apenas um nêutron, em contraste com o átomo original de hélio, que possui dois prótons e dois nêutrons. Proposto como combustível de segunda geração para a fusão nuclear, o He-3 é dez mil vezes mais raro que o He-4 na Terra.

Na Medicina: Ressonância Magnética com Hélio Hiperpolarizado no acompanhamento dos resultados do tratamento da fibrose cística (a traduzir para publicação em Nova Acta)
https://askzephyr.com/helium-imaging-measures-cystic-fibrosis-treatment/

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