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03 novembro, 2018

Vox Asini

Saiu a última pesquisa Vox Asini, a mais exata compilação de votos da única nação do mundo em que o eleitor vota contra ele mesmo, faz uma força imensa para ser jogado no abismo e ainda comemora efusivamente como uma vitória pessoal.
Eleitor(a) que vota orgulhosamente no candidato que fala abertamente:
... que vai lhe tirar os direitos trabalhistas, reduzir sua renda e precarizar suas condições de trabalho (10 milhões de votos);
... que vai fuzilar a comunidade onde o(a) eleitor(a) mora (10 milhões de votos);
... que vai lhe tirar o emprego, privatizando a instituição em que o cidadão trabalha (7 milhões de votos);
... que vai lhe dar capim para comer (5 milhões de votos);
... contra os direitos das mulheres (5 milhões de votos);
... que vai entregar áreas preciosas e estratégicas do País para outra nação (5 milhões de votos);
... em "acabar" tudo e nunca falou em "construir" nada (5 milhões de votos);
... que tem horror à cor da própria pele (2 milhões de votos);
... que tem ódio à LGBT, sendo o(a) eleitor(a) da LGBT (1 milhão de votos);
Finalmente, eleitor(a) que vota orgulhosamente sem saber nada do que estão falando sobre o candidato (7,7 milhões de votos).
Total de votos do candidato: 57,7 milhões.
Total dos que ainda pensam e sentem que "o pulso ainda pulsa": 89,5 milhões.
Fernando Gurgel Filho


2 comentários:

  1. Brilhante síntese! valeu como um estudo de caso da mais pura manifestação de uma Gravíssima Psicopatologia das Massas na versão Tupiniquim (sentido pejorativo mesmo). O mau humor de alguns segmentos da população está tão exacerbado e sem perspectiva de melhoras que nem mais um Estanislau Ponte Preta e um Millôr Fernandes, dentre outros estão mais entre nós para trabalhar em cima do riquíssimo material produzido em frenético ritmo por esta trupe mambembe que "in nomine Dei" assumiu as rédeas do que sobrou de Nossa Mal Amada Pátria.

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  2. "Quando, no futuro, escreverem a história destes dias estranhos, um capítulo inteiro — ou, vá lá, uma nota de pé de página — terá que ser sobre os omissos. Aqueles que, se esperava, iriam diretamente para a barricada anti-Bolsonaro assim que se definisse o adversário no segundo turno, e não foram, ou demoraram a ir, ou se desinteressaram pelo futuro do país e foram cuidar das suas hortas. Enfim, se omitiram"; palavras do escritor Luis Fernando Verissimo em seu artigo para o Jornal O Globo.

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