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20 setembro, 2018

Literatura de Cordel - Patrimônio Cultural do Brasil

O gênero literário, que também é ofício e meio de sobrevivência para inúmeros cidadãos brasileiros, a Literatura de Cordel, foi reconhecido pelo Conselho Consultivo como Patrimônio Cultural Brasileiro. A decisão foi tomada por unanimidade nesta quarta-feira, 19 de setembro, pelo colegiado na reunião de ontem no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro.
Poetas, declamadores, editores, ilustradores (desenhistas, artistas plásticos, xilogravadores) e folheteiros (como são conhecidos os vendedores de livros) já podem comemorar, pois agora a Literatura de Cordel é Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, anuncia o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan.
O cordel foi inserido na cultura brasileira ao final do século 19. O gênero resultou da conexão entre as tradições orais e escritas presentes na formação social brasileira e carrega vínculos com as culturas africana, indígena e europeia e árabe. E tem ligação com as narrativas orais, como contos e histórias; com a poesia cantada e declamada; e com a adaptação para a poesia dos romances em prosa trazidos pelos colonizadores portugueses.
Tendo começado no Nordeste do país, o cordel hoje é disseminado por todo o Brasil, principalmente por causa do processo de migração de populações. Hoje, circula com maior intensidade nos Estados do Nordeste e no Pará, Minas Gerais, Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo. Em todos estes estados é possível encontrar "esta expressão cultural, que revela o imaginário coletivo, a memória social e o ponto de vista dos poetas acerca dos acontecimentos vividos ou imaginados".
Originalmente, a expressão literatura de cordel não se refere em um sentido estrito a um gênero literário específico, mas ao modo como os livros eram expostos ao público, pendurados em barbantes, em uma especie de varal (foto).


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