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25 agosto, 2018

O suicídio de Getúlio

1954 — 25 de agosto
Logo após a notícia do suicídio do presidente Getúlio Vargas, multidões saem às ruas, enfurecidas, abortando qualquer hipótese de intervenção — muito embora o dispositivo militar montado para obrigar Getúlio a renunciar continuasse armado.
Populares ocuparam ruas e praças em todo o país e atacaram sedes de partidos de oposição — principalmente da UDN —, jornais alinhados ao udenismo e quartéis.
E não se esqueceram do maior inimigo do líder morto: Carlos Lacerda. Caçado nas ruas do Rio, ele se refugiou na embaixada dos Estados Unidos. Quando esta foi atacada, ele fugiu num helicóptero militar para o cruzador "Barroso", ancorado na baía da Guanabara.
"Mataram Getúlio! Mataram Getúlio!", gritavam os populares nas inúmeras manifestações que se seguiram à notícia do suicídio do presidente.
No Rio, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte e capitais do Nordeste, a multidão mostrava a cara e manifestava profunda revolta com o desfecho trágico da dura campanha oposicionista contra Vargas. O Exército interviria em várias cidades.
No Rio, armados de paus e pedras, populares percorreram o centro da cidade destruindo material de propaganda da oposição. Só o jornal "Ultima Hora" pôde ir para as bancas, pois os manifestantes incendiaram carros e exemplares de "O Globo" (foto) e da "Tribuna de Imprensa", que tiveram grande atuação na campanha sem trégua que levara Getúlio Vargas ao suicídio.


Ler mais em Memorial da Democracia.


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