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05 agosto, 2018

A partida à manivela

Ao girá-la, após ter sido conectada na parte da frente do carro, a manivela fazia o papel do que hoje chamamos de motor de arranque. Até 1915, ano da criação dos acumuladores de energia - as primeiras baterias -, era necessário que o motorista suasse a camisa girando essa manivela para dar a partida do veículo. O funcionamento desse sistema era muito simples. Além do acelerador no pedal, havia um segundo, manual, que mantinha uma aceleração previamente determinada para que o motor não morresse quando começasse a funcionar. A manivela era conectada na ponta do virabrequim, que, ao girar, produzia a faísca necessária para dar início à combustão e ao funcionamento do motor. Apesar de em 1915 os carros já saírem de fábrica com motor de arranque, todos os modelos fabricados até o final da década de 20 ainda vinham equipados com a manivela, mas já como uma ferramenta auxiliar. Isso para economizar a bateria, a qual era poupada para os casos de emergência.


Este processo era inconveniente e, às vezes, perigoso:
1 - Se o carro não estivesse com a alavanca de transmissão em ponto morto, situação em que podia atropelar o motorista.
2 - Se a manivela após o motor ligar não se soltasse facilmente do virabrequim, situação em que podia fraturar o polegar, o pulso ou o antebraço do motorista, o que principalmente ocorria se ele estivesse segurando a manivela de um modo não recomendado. Não era sem razão que a fratura do osso radial era chamada de "fratura do chauffer".

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