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27 dezembro, 2017

Uma breve história do leque

"Uma dama sem leque é como um nobre sem espada." ~ Madame de Stäel
Alguns autores defendem a ideia de que o aparecimento do leque se deu no Japão, entre os séculos VI e VIII.
Outros situam o surgimento do leque quase que ao mesmo tempo do surgimento do homem - e muitos são os mitos e lendas que tratam de sua origem - assim como diferentes povos se consideram responsáveis pela criação deste acessório.
Dizem que Cupido, o deus do amor, inebriado pela beleza de sua amada Psique, furtou uma asa de Zéfiro, o deus do vento, para refrescar sua amada enquanto dormia. A versão chinesa atribui a Kan-Si, filha de um poderoso mandarim, a criação do leque, uma vez que, não mais suportando o calor durante um baile de máscaras, e não desejando expor seu rosto aos olhares indesejáveis, dele se serviu para abanar-se, tendo logo seu gesto sido imitado por outras damas no baile.
Os primeiros leques chegaram à Europa nos séculos XII e XIII, provenientes do Oriente através das Cruzadas. Porém, foi apenas no século XVI, quando os portugueses trouxeram os primeiros exemplares das suas colônias da Ásia, que se iniciou de fato a moda do seu uso na Europa.
Nos séculos XVII, XVIII e XIX tornaram-se um complemento indispensável à vaidade feminina, invadindo salões e despertando paixões. No "leque indiscreto", eram colocados pequenos espelhos que permitiam as damas ver a movimentação ao seu redor, sem serem vistas.
É neste contexto de luxo e sedução que no século XIX toma força a "Linguagem do Leque". Esta era um complicado sistema de posições e gesticulações que possibilitavam as damas se comunicar e flertar.
A palavra portuguesa "leque" é a forma abreviada de "abano léquio", sendo léquio o adjetivo relativo às ilhas Léquias, situadas ao sul do Japão.
Fonte:WIKIPÉDIA

Sharif Ahmad Siddiqui, MATCHSTICK IMAGE

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