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29 novembro, 2017

O matemático mais prolífico do século XX

Paul Erdős ensinando Terence Tao em 1985, na Universidade de Adelaide.
Imagem: Wikimedia Commons
O matemático Erdős (pronuncia-se "air-dish") não tinha casa, nem trabalho, nem hobbies. Em vez disso, por 60 anos, ele perambulou no mundo, ficando com cada uma das centenas de colaboradores apenas o tempo suficiente para terminar um projeto e, em seguida, tocar em frente. Paul Erdös estruturou sua vida para maximizar a quantidade de tempo que ele dispunha para a matemática.  Ele andava com uma mala desgastada e uma bolsa de plástico, cor laranja, com a logomarca do Centrum Aruhaz ("Armazém central"), uma grande loja de departamento em Budapeste. Na busca sem fim por bons problemas matemáticos e novos talentos matemáticos, o "mago de Budapeste" atravessou quatro continentes a um ritmo frenético, passando de uma universidade ou centro de pesquisa para o próximo. Seu modus operandi era aparecer na porta de um colega matemático e declarar: "Aqui estou: meu cérebro está aberto", trabalhar com o anfitrião por um ou dois dias, até que ele estivesse entediado ou seu anfitrião estivesse atarefado, e depois se mudar para outra casa.
Vegre nem butulok tovabb (Finalmente, estou deixando de ficar estúpido) foi o epitáfio que o "Mozart da matemática" escreveu para si mesmo.
Fontes:
The  Man Who Loved Only Numbers, por Paul Hoffman
https://pt.wikipedia.org/wiki/Paul Erdös
Links internos:
O número de Erdös |  Café com matemática | Dados e números primos

15/12/2017 - Atualizando ...
"Para [Joel] Spencer e muitos outros matemáticos, Erdös era uma versão moderna de um monge mendicante medieval. Erdös é freqüentemente chamado, sem rastro de ironia, um santo. Na verdade, havia algo santo na generosidade de Erdös, em sua honestidade e seu apoio aos direitos do indivíduo. Mas a essência da santidade de que seus amigos falam foi sua total devoção à busca matemática da beleza pura. Erdös costumava dizer que "a propriedade é um incômodo". Na verdade, para Erdös, todos os aspectos da vida - empregos, dinheiro, propriedade e vínculos pessoais íntimos - que interferiram com sua devoção à matemática eram um incômodo a ser evitado. Enquanto poucas pessoas escolheram imitá-lo, a vida de Erdös foi um exemplo apreciado por muitos."
~ Bruce Schechter, em "My Brain Is Open"

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