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28 junho, 2017

Vou varrendo - 2

Em meu vassoureiro / há uma vassoura velha / que varre meio de esguelha / e há uma vassoura nova / que varre a toda prova: / sem elas eu não teria / os meus coelhos de poeira.

Algumas crendices com a vassoura:
  • Pôr uma vassoura com o cabo para baixo, detrás da porta, faz a visita demorada e monótona lembrar-se de ir embora.
  • Nas mudanças de residência, a primeira varredura deve ser feita com uma vassoura velha, segundo uns, para continuar o equilíbrio anterior, ou com uma vassoura nova para iniciar vida nova, segundo outros.
  • Já inútil, a vassoura deve ser queimada, e não lançada ao lixo, para não roubar a felicidade da casa.
  • A vassoura deve ser guardada na posição vertical. Encontrando-a deitada, depressa recolocam-na direita, sob pena de prejudicar o dono da casa.
  • Não se varre a casa durante a noite para não expulsar a tranquilidade ou incomodar as "santas almas" que porventura estejam percorrendo os lugares onde estiveram quando tinham forma corpórea.
  • A ideia de que a vassoura pode varrer tudo, inclusive as cousas abstratas - felicidade, tranquilidade, bem-estar, saúde, boa sorte - abrange também o amor.
  • Rapaz ou moça cujos pés foram varridos não conseguirão se casar.

Português na Rede: A TODA PROVA ou À TODA PROVA
O certo é "a toda prova", sem crase. Simplesmente porque "toda" rejeita a anteposição de artigo - não dizemos "a toda mulher é charmosa", mas "toda mulher é charmosa". E, sem artigo, não há crase, pois a crase é a fusão da preposição "a" com o artigo "a".

Vou varrendo - 1

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