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21 dezembro, 2016

Palavras ao vento

Três pilares importantes da estrutura social brasileira, construída com muito sacrifício, têm sido debatidos de forma estéril, talvez por utilizarem argumentos intencionalmente deturpados. Para mim, esses três pitares são as estruturas: política, tributária e previdenciária.
Não precisamos falar de educação, saúde e segurança porque, resolvida a equação estrutural acima, esses outros três pilares saem automaticamente fortalecidos, desde que as necessárias reformas política, tributária e previdenciária sejam feitas de forma a evitar TODAS as distorções que hoje corroem suas bases.
Mas, dentro deste contexto de debate distorcido, onde parece prevalecer o "precisamos fazer alguma coisa" dentro de um espírito de "mudar tudo para que tudo permaneça como está" vemos propostas que afetam apenas a parte mais frágil da sociedade, justamente aquela que deveria ter seus direitos defendidos de forma mais firme pelos que se dizem "seus representantes".
Mas essas frases/pensamentos são recorrentes desde a Independência, passando pela Lei Áurea, Proclamação da República até chegarmos à Ditadura de 1964. E desaguam sempre no mesmo mar de sofrimento dos trabalhadores e dos cidadãos que precisam do amparo social que lhes é devido legalmente e que lhes é negado todo dia, toda hora, todo segundo, em todas as instâncias mantidas com a suada contribuição da mesma sociedade que é desassistida sistematicamente.
Então, o que esperar? Tomem nota: reforma política que atendam aos interesses das classes dominantes; reforma tributária que penalize o contribuinte assalariado em benefício dos rentistas; e, reforma previdenciária apenas para fazer caixa às custas do trabalhador, seja ele da iniciativa privada ou servidor público.
E, se puderem, Feliz 2017 pra vocês também.

Fernando Gurgel Filho

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