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18 dezembro, 2015

O palácio da memória

A palavra mnemônica partilha a etimologia de Mnemosine, o nome da deusa que personificava a Memória na mitologia grega. A primeira referência a mnemônicas ocorre no método de loci, na obra De Oratore, de Cícero.
O palácio da memória
Também chamado método de loci (plural de locus, lugar em latim), é uma técnica mnemônica que depende de relações espaciais memorizadas para estabelecer e ordenar conteúdo. Baseia-se em criar um lugar imaginário, que pode ser construído inspirado em um lugar familiar (como a sua casa), um lugar totalmente fictício, ou a combinação de ambas as coisas.
O blog O Conhecimento, da Humantech, traz este exemplo;
Imagine que você precisa ir ao supermercado comprar lâmpadas, tomates, mel, xampu, vela...
Então, você coloca os itens dessa lista de compras em situações bizarras no seu lar: você abrindo a porta de sua casa, acendendo uma lâmpada em formato de tomate que, quando você passa por ela, a lâmpada derrama mel em seu cabelo, que começa a pegar fogo...
É meio esquisito, mas ajuda. Aliás, quanto mais esquisito, mais fácil de ser lembrado.



"Uma das formas mais elaboradas de fazer isso data de 2500 anos atrás, na Grécia antiga. Tornou-se conhecida como o palácio da memória. A história por trás de sua criação é mais ou menos assim: Havia um poeta chamado Simonides que estava em um banquete. Ele era, na verdade, a diversão contratada, porque, naquele tempo, se você queria dar uma festa do barulho, você não contratava um D.J., e sim um poeta. E ele se levantava, declamava seus poemas de memória e ia embora. E, no momento que Simonides saía, o lugar do banquete desmoronou, matando todo mundo lá dentro. E não só matou todo mundo, como também desfigurou os corpos para além do reconhecimento. Ninguém conseguia dizer quem estava lá dentro, ninguém conseguia dizer onde estavam sentados. os corpos não podiam ser enterrados adequadamente. Era uma tragédia compondo outra. Simonides, parado do lado de fora, o único sobrevivente entre os escombros, fecha os olhos e tem essa percepção, que é aquela dos olhos de sua mente. Ele podia relembrar em qual lugar cada um dos convidados estava sentado. E ele pega os parentes pela mão e os guia cada um para seus amados, entre os escombros. O que Simonides percebe naquele momento é algo que penso que todos nós sabemos intuitivamente, isto é, por pior que sejamos em lembrar nomes ou telefones, e cada palavra das instruções de nossos colegas, nós temos uma excepcional memória espacial e visual."

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