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25 dezembro, 2015

Aprendendo com o peru de Natal

Fernando Gurgel Filho
O ser humano compra um peru vivo na feira. Coloca-o em um lugar bastante agradável, com água abundante, comida boa e regular, espaço amplo para andar e um lugar acolhedor para fugir do sol escaldante e outro para dormir.
A cada dia e a cada refeição servida reforçará a crença do pássaro de que a regra geral da vida é ser alimentado diariamente por membros amigáveis da raça humana que "zelam por seu melhor interesse", como diria um político. Na manhã do dia 24 de dezembro, "algo inesperado acontecerá ao peru. Ele estará sujeito a uma revisão de suas crenças." (in "A lógica do cisne negro", de Nassim Nicholas Taleb, citando Bertrand Russell).
Este é um exemplo de como alicerçamos nosso conhecimento e nossas crenças através da observação. O limite de nossos horizontes determina o quanto podemos estar sendo iludidos e, infelizmente, não há nada concreto que nos faça adquirir conhecimento de outra forma. A não ser duvidando de tudo e procurando analisar além das aparências.
Então, antes que tenhamos de revisar nossas crenças como o peru de Natal, melhor alargar o horizonte de observação e tentar enxergar além do nosso jardinzinho.

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