Quando um diretor termina um filme, odiando-o (porque sofreu muitas interferências ou se envergonha com os resultados), e não quer ver o seu nome nos créditos, então, o que ele faz?
Até 2000, esses filmes órfãos foram creditados a "Alan Smithee."
"Alan Smithee" era o pseudônimo oficial usado por diretores de cinema, membros do Directors Guild of America, que desejavam negar suas obras.
Exigências para usar o pseudônimo: ele não poderia discutir sobre as circunstâncias que o levaram a tomar a decisão, nem mesmo reconhecer ter sido o diretor real.
Aqui estão alguns filmes que foram dirigidos por "Alan Smithee":
"Death of a Gunfighter" (1969)
"Let's Get Harry" (1986)
"Catchfire" (1990)
"An Alan Smithee Film: Burn Hollywood Burn" (1998)
"Supernova" (2000)
Muito Além das Câmeras
Filme: "An Alan Smithee Film: Burn Hollywood Burn" (1998)
Título no Brasil: "Hollywood - Muito Além das Câmeras"
Diretor: Arthur Hiller
História: O conceito de "Alan Smithee" se tornou tão famoso em Hollywood que, em 1998, o roteirista Joe Esterhaus escreveu esta sátira à indústria do cinema. O enredo trata da realização conturbada de um filme, dirigido por um homem cujo nome realmente é Alan Smithee. Ele tenta excluir o seu nome do filme, mas não pode porque, ironicamente, seu nome é Alan Smithee. O "Burn Hollywood Burn" teve uma produção tão conturbada e cheia de interferências do estúdio, que o diretor Arthur Hiller demandou e conseguiu creditar o filme a Alan Smithee.
Considerado como um dos piores filmes de todos os tempos, ganhou cinco prêmios (incluindo o Pior Filme) no "Framboesa de Ouro", de 1998. O filme teve um orçamento estimado em 10 milhões dólares e, lançado em 19 salas de cinema, arrecadou 52.850 dólares.
Este filme levou o Directors Guild of America a interromper oficialmente o crédito Alan Smithee em 2000.
Fontes
Neatorama, The Presurfer e Wikipédia
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