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23 junho, 2015

Um paradoxo da viagem no tempo

De Robin Le Poidevin, em "Travels in Four Dimensions", 2003:
Tim vai passar as férias de verão na casa de seu avô na zona rural de Sussex. Um dia, quando vagueia na biblioteca do avô, em uma das prateleiras mais afastadas, ele descobre um livro empoeirado sem título no dorso. Ao abri-lo, ele vê que é um diário, escrito por uma mão que lhe parece familiar. Com um crescente sentimento de admiração, ele percebe que uma das entradas fornece instruções detalhadas sobre como construir uma máquina do tempo. Ao longo dos próximos anos, seguindo as instruções, Tim constrói uma máquina desse tipo. Está finalmente concluída, e ele embarca e a aciona. Instantaneamente, ele é transportado para 50 anos atrás. Infelizmente, a máquina e o livro são destruídos no processo. Tim anota tudo o que ele consegue se lembrar em um diário. No entanto, ele não pode reconstruir a máquina porque isso exige uma tecnologia que ainda não está disponível. Conformado com essa situação, ele resolve deixar o tempo levá-lo de volta ao século XXI pelo método tradicional. Ele se casa e tem uma filha. A família se muda para uma mansão na zona rural de Sussex. O diário é deixado acumulando poeira na biblioteca. Anos mais tarde, o neto de Tim, passando suas férias de verão com o avô, descobre o diário.
A identidade de Tim será óbvia, o que, por si, já é um pouco estranho. Mas a questão que nos interessa é a seguinte: de onde veio a informação de como construir uma máquina do tempo? Do diário, é claro, que foi escrito por Tim. Mas de onde ele tirou a informação? Do mesmo diário! Assim, a informação apareceu do nada. A existência desta informação é, portanto, totalmente misteriosa.
Round Trip, Futility Closet

Viagem no tempo
Eu venho me interessando por este assunto desde 2035. (PGCS)

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