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01 junho, 2015

O desafio da borracha

Os estudantes de uma escola secundária de Connecticut não estão usando lápis somente para tomar notas. Alguns estão esfregando a pele de seus braços e pernas com borrachas de lápis até o ponto da mutilação.
Os administradores da escola em Bethel Middle School enviaram recentemente uma carta aos pais dos alunos pedindo que eles conversem com seus filhos sobre um jogo perigoso chamado de desafio da borracha (eraser challenge).
O jogo, explica a carta, envolve crianças que fazem o "apagamento" da pele, enquanto pronunciam as letras do alfabeto (com uma palavra para cada letra). Assim que chegam ao "Z" (de zombie), eles param e, em seguida, compararam os danos que a fricção com a borracha causou na pele.
Como eles compartilham as borrachas, a prática pode ser preocupante para a saúde, pois eles podem compartilhar também os fluidos corporais.
"Muitos terminam o desafio com ferimentos graves em seus braços", diz a professora Doris Murphy. Ela acredita que a pressão dos colegas é a força propulsora responsável pela propagação do jogo.
No entanto, o desafio não é um problema isolado de uma escola secundária em Connecticut. Uma pesquisa no YouTube mostra vídeos de adolescentes em todo o país que lesionam-se a si mesmos com borrachas. Além disso, há relatórios que revelam que o jogo já é praticado há tempos.
N. do E.
O desafio Charlie, Charlie não passa de uma inocente brincadeira diante do desafio da borracha. Feito com dois lápis cruzados sobre uma folha de papel com respostas à disposição de um suposto espírito, o Charlie no máximo provoca algum susto ou carreira nos praticantes. Acha John Walkenbach que um sopro sutil já explica 95 por cento dos casos, ficando os 5 por cento restantes para os demônios em geral. Concordo com ele.
Paulo Gurgel
Comentário
Não sou freudiano porque não acredito na psicanálise, que considero pseudociência, mas alguma coisa deve estar errada em uma sociedade onde tantos de seus jovens demonstram tão frequentemente ímpetos destrutivos e, principalmente, autodestrutivos.
Crianças e adolescentes suicidas, com "experimentos" sado-masoquistas como este eraser challenge, ou a se cortar com giletes, ou a atirar contra colegas de escola, não são coisas para se negligenciar. Algo tem que estar profundamente errado na sociedade, para que tantos jovens, comprovadamente o segmento social mais emocionalmente vulnerável nas sociedades, queiram destruir a si e ao mundo que os rodeia.
Roberto F da Costa, do blog Ciência, Política e Religião

Um comentário:

  1. Não sou freudiano porque não acredito na psicanálise, que considero pseudociência, mas alguma coisa deve estar errada em uma sociedade onde tantos de seus jovens demonstram tão frequentemente ímpeto destrutivos e, principalmente, autodestrutivos.
    Crianças e adolescentes suicidas, com "experimentos" sado-masoquistas, como esta "erase challenger" ou se cortar com giletes, ou atirar contra colegas de escola, não são coisas para se negligenciar. Algo tem que estar profundamente errado na sociedade, para que tantos jovens, comprovadamente o segmento social mais emocionalmente vulnerável nas sociedades, queira destruir a si e ao undo que o rodeia.

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