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26 abril, 2015

A máquina que sabia escrever o nome do inventor

O filme "A Invenção de Hugo Cabret", de Martin Scorsese, foi inspirado em um evento real. Em 1928, o Instituto Franklin, da Filadélfia, recebeu os restos de um autômato de bronze do século 18 que havia sido danificado em um incêndio. Ele havia sido doado pelos descendentes do rico fabricante John Brock Penn.
Eles sabiam que o autômato tinha sido adquirida na França e supunham que fosse um trabalho do inventor alemão Johann Nepomuk Maelzel, famoso por seu metrônomo, seus vários autômatos musicais, bem como por um autômato fraudulento que "jogava xadrez".
Um especialista do Instituto começou a restaurar a máquina e descobriu que o seu mecanismo usava um engenhoso sistema para armazenar cerca de 300 kilobits de informação. Quando ele terminou o seu trabalho, ele colocou uma caneta em sua mão e assistiu ao autômato desenhar quatro ilustrações surpreendentemente elaboradas e escrever três poemas. CLIQUE AQUI



O último poema continha uma surpresa. No rodapé do papel, a máquina escreveu: "Ecrit par L’Automate de Maillardet" (Escrito pelo Autômato de Maillardet). O criador do autômato não era Johann Maelzel, mas o mecânico suíço Henri Maillardet - e este fato só foi descoberto porque ele havia ensinado a máquina a escrever o seu nome!
Pesquisas posteriores mostraram que Maillardet havia criado o autômato em 1700 e, em seguida, exibira-o por toda a Europa. Como ele veio para a América é um mistério. O autômato acha-se hoje em exibição no Instituto Franklin, onde demonstra publicamente seus talentos várias vezes por ano.

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