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02 dezembro, 2014

O palhaço assassino

Em 1978, a polícia de Illinois, Chicago, efetuou uma busca na casa n° 8975 da West Summerdale Avenue, interrogando seu morador, John Wayne Gacy, palhaço amador e muito querido pelas crianças da cidade, o tipo de pessoa, pensava-se, que dificilmente cometeria algum crime. Erro fatal.
Antes de ir embora, um dos policiais estranhou um cheiro desagradável na casa. "É só um entupimento nos canos de esgoto", alegou Gacy. Mas como haviam pessoas desaparecidas na região, uma das quais se sabia conhecer Gacy, a polícia prosseguiu a investigação. Quando ele percebeu que seria pego, se entregou e revelou o paradeiro dos corpos, enterrados em seu porão.
Gacy desenhou uma planta do porão, e foi apontando onde se encontrava cada corpo, inclusive de alguns que ele já não mais lembrava os nomes e ainda revelou que havia jogado alguns corpos num rio local. Foram encontrados os restos de vinte e nove garotos, entre nove e vinte e sete anos, com sinais de tortura, violências sexuais e estrangulamento.
Gacy, que era um cara simpático, trabalhador, e conhecido nos eventos da comunidade com o nome de Pogo, parecia deleitar-se com sua personalidade clown. Psiquiatras que o examinaram o descreveram como sendo um esquizofrênico paranóide. Enquanto estava na prisão, ele começou a pintar, e muitas de suas pinturas eram de palhaços, alguns autorretratos dele como Pogo. (►) Seus quadros, que hoje são itens de coleção, alcançam altos valores no mercado, apesar de vistos com ceticismo quanto à qualidade por especialistas em obras de arte.
Condenado a 21 prisões perpétuas e 12 penas de morte, Gacy nunca assumiu a culpa por nenhum de seus assassinatos. Segundo ele, o único crime que cometera foi a de "não ter licença para possuir um cemitério em casa". Em 1994, um pouco antes de morrer por injeção letal, o palhaço assassino disse ao executor suas últimas palavras: “Kiss my ass!”.

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