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30 outubro, 2014

Pela blogosfera - 49

Paulo,
Sou seu leitor, gostaria de sugerir um assunto, talvez já saiba de algo.
Em 94, começou um projeto com a Universidade Washington, denominado Minerva, que forma quadros da esfera pública brasileira, ao custo de 30 mil dólares, por um curso de 4 meses, que ocorre duas vezes ao ano.
Há um instituto no Brasil com o mesmo nome, no Rio, parceiro do programa.
Há muitos conhecidos entre os alunos, dê uma olhada:
http://www.gwu.edu/~ibi/minerva_pics.htm
Parece ser uma escola de formação sobre gestão pública, mas muito ligada às instituições americanas.
Atentamente,
Eusébio
Resposta
Meu caro Eusébio,
Nada sei a respeito desse Institute of  Brazilian Issues. Mas 30 mil bucks não é pouca grana para se pagar por um curso de 4 meses. Além disso, presume-se, há muitas outras despesas a serem desembolsadas pelo participante. A menos que...
Bem, uma hipótese plausível é a de que o curso venha rolando por conta da esfera pública.
Dentre os minervistas (435 brasileiros, de 1994 a 2014), que estão sendo mostrados na página eletrônica do site, não consegui ver algum nome ou rosto conhecido (talvez eu tenha de dar mais atenção a meu networking).
Visitei seu blogue: é muito, muito bom. Adiante, irei recomendá-lo a meu leitorado.

2 comentários:

  1. Transcrevo uma troca de mensagens:
    Pois é, o que me lembro é que tem uma das páginas que mostra quantos
    formados tem em cada área, tipo, Receita Federal, Ministério disso ou
    daquilo, etc.
    Lembro que um recente diretor da Aneel fez parte do programa.
    Os artigos que eles elaboram (está num dos links da página),
    geralmente tratam de assuntos econômicos ou de gestão, inclusive
    abordagens sobre as privatizações. Parece um formador de consensos...
    Eusébio Pizutti
    Resposta - Seria um equivalente civil da famigerada Escola das Américas?
    Leia isto: http://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_das_Am%C3%A9ricas
    Paulo Gurgel

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  2. Transcrevo nova mensagem de Eusébio Pizutti. Enviou-me por e-mail:
    Olá, Paulo, não conhecia esta instituição.
    Provavelmente agora há mais formas de cooptar corações e mentes para
    defesa de certas causas, e eles são especialistas nisso.
    Estas escolas recebem alunos jovens e os convencem de determinadas
    verdades, apresentando pontos de vista de tal forma encadeados que
    formam nos alunos um ponto de vista bem determinado, com algum grau de
    liberdade para não parecer totalmente direcionado.
    Por isto é que vemos tanta repetição de conceitos, contra os quais
    muitas vezes não temos naquele momento palavras ou argumentos
    categóricos, contra a avalanche de ideias pré formadas que nos atinge.
    Lembro desta situação durante a onda das privatizações, que ocorreu em
    todo o mundo. Eu sabia, sentia que era algo errado, mas não conseguia
    vislumbrar o cerne do problema.
    Aconteceu como em História, onde só se conhece a dimensão do
    problema depois de ocorridos os eventos.
    Naquele tempo, tinha um amigo chinês, que mal falava o português.
    Perguntei para ele se lá também tinham privatizado muitas empresas.
    Ele falou que sim, mas o solo e os minerais continuavam sendo
    chineses...
    Eu acho que estão fermentando um bolo, não sei o que vai dar.

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