Uma joelhada nas costas

Vamos dar ao Zúñiga o benefício da dúvida.
Digamos que, quando ele saltou – com o joelho em riste – sobre as costas do Neymar, não tivesse a intenção de lesionar o jogador brasileiro.
Mas, no mínimo, o colombiano foi imprudente. E o que alguém faz imprudentemente a outrem, na dependência dos efeitos gerados, pode configurar um ato criminoso.
Zúñiga não cometeu um "erro de tempo de bola" ou coisa parecida.
Atirou-se sobre Neymar, por trás. No momento em que este, com a bola dominada, nem ao menos podia vê-lo, para tomar uma atitude defensiva que pudesse reduzir os efeitos de uma entrada dura, potencialmente criminosa.
Dizem os especialistas que as lesões de vértebras são raras nos jogos de futebol. Até porque joelhadas ("tostões") nas costas ainda não constavam do repertório de agressões do referido esporte.
Com a palavra o Comitê Disciplinar da FIFA, a quem cabe, na omissão dos árbitros, apurar e punir certos comportamentos antiesportivos.