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02 agosto, 2013

Anedotário do EM - 1

Emílio de Menezes deixou um rastro de anedotas, ainda não recolhidas com o devido cuidado histórico. É possível que algumas nem tenha sido criadas ou vividas pelo poeta e a comunicação oral já tenha aumentado mais alguns pontos nas sucessivas narrações. Mas as que aqui transcrevemos têm o sabor do humor emiliano.

I
Emílio de Menezes estava em um bonde, no Rio de Janeiro, quando entrou uma conhecida atriz que não lhe era muito simpática, mas que sempre o assediava, quando se encontravam. Ela procurou sentar no lugar vago a seu lado, mas o poeta lhe desencorajou com uma pronta observação, após verificar que havia lugares disponíveis mais atrás:
— Atriz atroz, atrás há três!

II
Em um de seus prediletos pontos de observação – a mesa de um bar – Emílio bebia com amigos quando vê passar uma pessoa com fama de conquistador, de nome Penha. Os amigos comentaram que Penha estava, no momento, sofrendo de males de amor não correspondido por uma mulher de duvidosa reputação. O poeta saiu-se com esta:
— Um homem que se diz Penha sofrendo por uma mulher que se disputa…

III
Mesmo cenário: Praça Osório, no centro de Curitiba. Postado em sua mesa, em um bar, com vista para a praça, Emílio vê uma senhora bastante obesa tentando acomodar a sua massa corporal em um banco de madeira. Mas o assento não suporta o peso e cede, para susto da untuosa dama. Emílio não demora a fazer sua observação:
— É a primeira vez que vejo um banco quebrar por excesso de fundos…

IV
Perguntam-lhe:
— Emílio, sabes qual a parte mais bonita do corpo da mulher?
— Sei-o!

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