Para os apreciadores da arte, a série de quadros de girassóis do pintor holandês Vincent van Gogh se destaca pelo contraste entre os tons vibrantes de amarelo e os tons áridos de marrom. Para os botânicos, o que chama a atenção é outro aspecto: as flores retratadas têm traços bem diferentes dos girassóis mais comuns.
John Burke, professor da Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos, ficou tão intrigado que conduziu um estudo sobre o assunto, e descobriu a anomalia genética que fez dos girassóis de Van Gogh mutantes. A pesquisa foi publicada pela revista científica "PLoS Genetics”.
O tipo mais comum de girassol contém uma espiral de ramos amarelos, grandes e achatados, com mais centenas de pequenos ramos no perímetro externo, que produzem sementes. Nos que Van Gogh pintou na década de 1880, os girassóis têm múltiplos ramos amarelos e menos ramos menores.
A equipe de Burke cruzou diferentes tipos de girassóis em busca de um gene recessivo que provocasse a diferença. Como base de comparação, nos humanos, genes recessivos fazem que uma pessoa tenha olhos claros ou sangue tipo O, por exemplo. Ou seja, é relativamente comum.
Por fim, os pesquisadores descobriram que a anomalia não é causada por um gene recessivo, mas sim por uma mutação genética. Um gene específico, chamado HaCYC2c, apresenta uma configuração diferente somente nas flores do tipo que Van Gogh desenhou.
Ok, mas podiam explicar aos não botanicos melhor a diferença entre o girassol comum e os do pintor? nao percebi bem...
ResponderExcluirNa década de 1880, Vincent van Gogh pintou girassóis cujos tons diferem dos girassóis comuns. Uma pesquisa mostrou que os girassóis do pintor correspondem a uma fenótipo da planta que tem uma mutação genética.
ResponderExcluirExiste naturalmente e suas flores são mais belas. Van Gogh acertou em cheio.