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17 março, 2013

O jogo das cadeiras

Imagem: Bits and Pieces
Nº de jogadores: 115
Material: cadeiras, trono e um rádio
Como se joga
Faz-se uma roda com as cadeiras. Os participantes andam/correm em volta das cadeiras enquanto o rádio toca uma música (Veni Creator, por exemplo). O som do rádio é bruscamente suspenso por alguém que controla o aparelho. Nesse instante, todos procuram sentar-se nas cadeiras. Como o número de cadeiras é inferior (-1) ao número de participantes, um destes não consegue sentar e sai do jogo. Por ficar a disputa com um participante a menos, uma das cadeiras é retirada para a rodada seguinte, e assim por diante. Até que restam no jogo: dois participantes e uma cadeira. Aliás, um trono. O que conseguir sentar no trono, quando a música for pela última vez interrompida, será o vencedor do jogo. PGCS
18/03/2013 - Nelson Cunha disse...
Os cardeais têm a audácia de dizer, diante das câmeras de televisão, que é o "Espírito Santo" quem orienta seus votos, mas, em particular, cabalam votos numa campanha tão “humana” e cheia de maledicências quanto uma eleição sindical. Ou, então, é o “Espirito Santo” que se diverte em soprar nomes de candidatos tão diferentes como indicam as renhidas votações reveladas pela fumaça negra.
(O texto completo, de onde a passagem acima foi retirada, é de autoria do meu colega Nelson Cunha, e encontra-se inserido na seção "Comentários" desta postagem.)

Um comentário:

  1. Meu colega Nelson Cunha, de João Monlevade, enviou-me por e-mail o texto que a seguir transcrevo.
    Papa Francisco
    O Brasil é cada vez mais laico, aqui e alhures. A igreja está se esvaziando de gente e de respeito.
    Respeito não se conquista só com a mensagem religiosa que é densa e bela, mas na correção do abismo ente a pregação e a prática.
    O mesmo padre que condena o decote de uma paroquiana, é surpreendido bolinando o coroinha na sacristia. O seu Bispo abafa o caso e transfere o pedófilo que vai bolinar em outra freguesia. Isso é devastador para a Instituição. Não há nada mais desmoralizante do que a hipocrisia. O hipócrita é o leproso do nosso tempo.
    As contradições do discurso religioso ficam claras para quem se atreve a ler as escrituras com espírito crítico. O atrevido é considerado pela igreja um herege por questionar o texto sagrado.
    Sagradas deveriam ser a liberdade, a razão e a coerência. Dou exemplos:
    Deus é todo poderoso, é pai, é justo e interfere na vida terrena. Como se explica a injustiça no mundo?
    Deus protege seus filhos de todos os males e por isso invocamos sua ajuda, mas seu representante terreno, João Paulo II, foi baleado por um maluco.
    Deus é onipotente, mas não pode com o Diabo.
    O texto sagrado sangra de contradições.
    A igreja dos pobres estimula as crendices mais rasteiras que amarram os devotos na perpétua ignorância que por sua vez gera mais pobreza. Os centros de romarias espalhados pelo Brasil e pelo mundo são shoppings da fé e apêndices dos hospitais tal a quantidade de relíquias à venda e “curas milagrosas”.
    A comunhão, o perdão e a caridade são apenas enfeites no discurso religioso. Bento XVI ofendeu os muçulmanos e em seguida desculpou-se. Arranhou o dogma da infalibilidade papal.
    Em discurso na Universidade de Bonn ele disse:
    "Mostre-me o que Maomé trouxe que era novo, e lá você encontrará apenas coisas más e desumanas, como o seu comando de espalhar pela espada a fé que ele pregava."
    É certo que a frase não é do Papa e foi pronunciada no século XIV pelo imperador bizantino Paleologus, mas o Papa ao citá-la, referendou-a. Ele não condenou as Cruzadas que matavam os “infiéis” a golpes de cruz de ferro. A Igreja tem telhado de vidro e nele vemos as execuções durante a Inquisição e a catequese forçada dos nossos indígenas.
    A Igreja católica diz com soberba que fora dela não há salvação. O Papa Francisco acaba de dizer que "Quem não reza ao Senhor, reza ao Diabo". Péssima sentença na boca de um ” Papa humilde”. Sua aparência e gestos conquistam apenas quem vê a superficialidade das pessoas. Políticos já fazem isso há séculos: Riem, beijam crianças, acenam e cortejam os pobres. Esta frase revela a essência deste Papa que só é menos arrogante do que um argentino. Este, com todos sabem, já é Deus. O que seria então um Papa argentino?
    Os Cardeais têm a audácia de dizer diante das câmeras de televisão que é o Espírito Santo quem orienta seus votos, mas em particular cabalam votos numa campanha tão “humana” e cheia de maledicências quanto uma eleição sindical. Ou o “Espirito Santo” se diverte ao soprar o nome de candidatos diferentes como indicam as renhidas votações reveladas pela fumaça negra.
    Estou fora dessa aclamação do Papa. Acreditarei que a Igreja mudou quando aceitarem a camisinha e o divórcio, eliminarem o celibato, aceitarem que pode haver amor carnal entre dois adultos, sejam homens ou mulheres, permitirem o uso de células tronco embrionárias e o sexo pré-matrimonial. Aí sim, o discurso religioso dará o salto de dois mil anos e viverá em comunhão com nosso tempo. A sociedade e as leis já avançaram a despeito da oposição religiosa. A Igreja que já foi revolucionária, hoje é só pedra: anacrônica, dogmática, hierárquica, autoritária, reacionária, hipócrita e, por isso mesmo, decadente com Papa argentino e tudo.

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