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09 fevereiro, 2013

Manuela, a descupinizadora

Quando a família Almeida estava botando a tralha para fora de casa, não tinha nenhuma razão para acreditar que, ao mesmo tempo, estivesse para se descartar de um animal de estimação: Manuela, que andava desaparecida há uns 30 anos.
Aconteceu esse fato em Realengo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Manuela levava uma vida "normal" de jabuti. Acordava, passeava pelo jardim, comia frutos e folhas e circulava pela casa. Um belo dia, a jabota (como também é designada a fêmea do jabuti) tomou sumiço.
Logo, logo os Almeida deram pela falta do animal. "Eu achei que ela tinha fugido, porque o pedreiro que fazia uma obra em casa deixou o portão aberto”, disse a dona da jabuti, Sueli de Almeida.
A família perguntou pela vizinhança sobre o paradeiro dela. Nem sinal. Até que Manuela foi esquecida.
No início deste ano, o patriarca da família, Leonel Almeida, morreu. Ele tinha a mania de acumular equipamentos eletrônicos e outros objetos dentro de casa. Esse hábito era tão arraigado que ele chegou a encher um quarto e o segundo andar da residência só com esses bagulhos. “Tudo que ele achasse na rua, ele pegava e trazia para casa. Pensando em consertar ou, então, em retirar alguma peça que ainda funcionasse. E, assim, foi acumulando tantas coisas”.
Após a morte de Leonel, a família começou a desobstruir as áreas intransitáveis da casa. Nisso, a grande surpresa: descobriu-se que Manuela estava viva, abrigada numa velha caixa de som.
Mas como a jabota conseguiu viver, durante tantos anos, dentro de um quarto que só tinha equipamentos eletrônicos?
Os jabutis são animais resistentes e conseguem ficar longos tempos sem comer. No caso de Manuela, a família acha que ela sobreviveu graças a uma exclusiva dieta de cupins.

Fonte: G1

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