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11 maio, 2012
Jorge George em ritmo de desventura - 2
E prosseguiram a viagem. Com o taxista chupando uma ponta de cigarro vitalícia, um sufoco. Até que... a fumaça começou a mudar o odor para melhor, haviam chegado à churrascaria. Desceram. Pensando na etapa seguinte, Jorge não dispensou o táxi.
E comeram e beberam e conversaram. Ao fim de uma picanha, e também querendo ser picante, Jorge falou de sua doença. "Priapismo. Em Marrocos me curaram em excesso." Embevecida, Petúnia abriu as pupilas que um dia fizeram a desgraça do Sr. Reitor. Com isso, ele sacou logo: a fêmea topava ir a um motel de classe; mais: queria suíte com hidromassagem e cascata. Era um desejo tão evidente que, vamos mas não venhamos, seria grossura da parte dele pedir uma confirmação no plano verbal.
Jorge foi apresentado à conta. "Quinhentos cruzados, senhor, com o frete já incluído." Na nova profissão o garçom vinha passando por um período de adaptação. E Jorge George autografou um cheque de quinhentos cruzados de frente, mas sem fundos. Até o dono da casa veio pessoalmente agradecer. "Compraremos uma carne de moita de referência para o caso de o senhor voltar aqui."
- Ótimo. Mas troquem também o óleo de fritar batatas, sugeriu Jorge.
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