Tamara, 33, tem um vício chamado Boo. É como Tamara chama o travesseiro que ela leva a todos os lugares a que vai, como salão de beleza, academia e supermercado.
Se o travesseiro não está nos braços dela, tem que estar no mínimo por perto, dentro de seu campo de visão.
Boo foi comprado em 1982 numa loja de antiguidades, nunca foi lavado e, obviamente, é sujo. Mas a dona jura que ele não cheira mal.
Por causa de seu apego com ele, o relacionamento com o noivo está a perigo, o qual inclusive já cancelou o casamento.
- Peraí, esse travesseiro, como diz o provérbio, é mesmo bom conselheiro?
https://www.youtube.com/watch?v=2_-DtagkdDE
ResponderExcluirMárcio Greick - O TRAVESSEIRO - Cury, Fatha, Carlos Pedro.
Ano de 1981.
Coisas que o tempo levou.
Foi pra não ficar aqui sozinho
E fazendo certas coisas
Que eu já fazia sem sentir
Foi pra não cair no desespero
E querer fugir da vida
Sem saber pra onde ir
Foi pra não entregar ao travesseiro
Todo pranto que meu corpo tem pra me suprir
Foi por esse amor que dói no peito
E me pertence por direito
Que agora estou aqui
Foi pra não ficar aqui sozinho
Que eu tentei qualquer caminho pra fugir da solidão
Foi porque eu via em cada rosto
E em cada corpo o mesmo corpo
E o mesmo rosto que eram teus
Foi pra acabar com essa agonia
De sonhar até de dia
Procurando me iludir
Que eu tentei achar o teu suor
O teu calor e teu perfume
Em nosso quarto de dormir
Mas o travesseiro não abraça
Não conversa e não responde
Não substitui você
E assim depois que cada noite passa
Entra sol pela vidraça e eu desperto sem te ver
E muito mais me doí a realidade
Toda vez que essa saudade
Vem meu resto consumir
E foi por essa dor
Por esse amor descontrolado
E foi por tudo isso e tantas coisas mais
Mas o travesseiro não abraça
Não conversa e não responde
Não substitui você...