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16 setembro, 2010

O poeta e a bactéria

O poeta canadense Christian Bök deseja que sua poesia sobreviva por bilhões de anos. Como? Inserindo um de seus poemas diretamente no DNA de uma bactéria, o Deinococcus radiodurans. Se funcionar, o poema vai durar mais do que a espécie humana. Mas é um processo complexo e Bök está fazendo o que pode para torná-lo ainda mais complicado. Por querer introduzir no DNA da bactéria uma sequência de nucleotídeos que produza uma proteína a ser interpretada como um poema.
E o poeta tenta criar um código que relacione os nucleotídeos (adenosina, citosina, guanina e timina, conhecidos por suas iniciais ACGT)) com as letras do alfabeto. No qual cada trinca de nucleotídeos corresponda a uma letra, de modo que, digamos, ACT represente a letra "a", AGT a letra "b", e assim por diante.

Christian Bök ainda não sabe. Mas teria o seu trabalho muito facilitado se recorresse a uma bactéria que é endêmica no Brasil. Qual? O Sonetococcus brasiliensis. PGCS

Postagem 212 do Acta Pulmonale

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