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24 setembro, 2010

A derradeira cartada


Dia 25, amanhã, a revista das iniquidades tenta sua derradeira cartada para salvar do sufrágio naufrágio a candidatura daquele que, por direito divino, deveria ser o presidente do Brasil desde 2003. Na reporcagem de capa, a revista traz um pré-sal de denúncias contra o Usurpador do Planalto, Dilma, Luan Santana, o goleiro Bruno, Dona Florinda, Filhote de Gatinho, Rodriguinho dos Travessos e o Cachorro-Lagosta. E mais, muito mais. Traz também pesadas acusações contra Erenice, Fábio Jr, Lucas Celebridade, o rato Xaropinho e o Pedro do Cadê Meu Chipêêê.
É preciso que não fique um grão de areia sobre outro até mesmo nos Lençóis Maranhenses. Para isso, a reporcagem de capa da última flor do fáscio (que está sendo antecipada pelo Quanto Tempo Dura?) é fio desencapado puro. Pisou, leva choque. Foi totalmente obtida de fontes sigilosas: pseudocontadores, ex-presidiários e chantagistas em geral. E os denunciados que tratem de obter as provas materiais de que são realmente inocentes. E bem rápido. Repercutirão essa matéria: a Folha de São Paulo, a Rede Globo (casal 45, no Jornal Nacional), o ViceIndio, a Soninha Toda Nua e um combativo político da UDN, o qual fará a sua leitura no Senado com vistas à abertura de mais uma CPI do Fim do Mundo.
Para tornar essa reporcagem mais impactante, a revista cuidou de acrescentar uma montanha de dinheiro na fotografia de capa da edição. Não foi dinheiro cenográfico, foi uma amostra dos 34,7 milhões de reais que a Editora Abril recebeu do Governo de São Paulo, entre 23 de outubro de 2007 e 16 de junho de 2009, como pagamento das assinaturas de suas revistas. PGCS
(...)
"O que está ocorrendo já não é um enfrentamento de ideias e de interpretações e o uso legítimo da liberdade da imprensa. Está havendo um abuso da liberdade de imprensa que, na previsão de uma derrota eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o Presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff. Nessa guerra vale tudo: o factóide, a ocultação de fatos, a distorção e a mentira direta.
Precisamos dar o nome a esta mídia comercial. São famílias que, quando veem seus interesses comerciais e ideológicos contrariados, se comportam como "famiglia" mafiosa. São donos privados que pretendem falar para todo Brasil e manter sob tutela a assim chamada opinião pública. São os donos de O Estado de São Paulo, de A Folha de São Paulo, de O Globo, da revista Veja, na qual se instalou a razão cínica e o que há de mais falso e chulo da imprensa brasileira. Estes estão a serviço de um bloco histórico assentado sobre o capital que sempre explorou o povo e que não aceita um Presidente que vem desse povo. Mais que informar e fornecer material para a discusão pública, pois essa é a missão da imprensa, esta mídia empresarial se comporta como um feroz partido de oposição."
(...)
Leonardo Boff, Adital

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