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02 abril, 2010

Uniões perfeitas

Muito já se falou sobre o casamento - esta instituição que a Igreja banalizou transformando em sacramento. Uns, a favor; outros, radicalmente contra. Dizendo estes últimos, entre outras acusações, que se fosse algo bom não precisaria o casamento de testemunhas. Nem a ele se refeririam com expressões como "amarrar-se", "enforcar-se" etc.
Mas as uniões não são duradoras quando não atendem a certos requisitos. Como as idades dos cônjugues, aliás, como as diferenças das idades deles.
Assim, o casamento ideal seria o que aconteça entre um homem cinquentão e uma mulher aí pelos 18 anos. Para ele, porque as brasas se reavivariam, o fogo (da paixão) o incendiaria, fazendo-o gemer sem sentir dor. E para ela porque receberia, em troca do fogaréu que ateou, a atenção e a experiência do parceiro mais velho.
Uns vinte anos após de estimulante convivência, se não estiver errada a estatística da expectativa de vida que se divulga para o homem brasileiro, ele bateria as alpercatas. Deixando mais uma viúva nesse mundo de meu Deus. Só que, passados os prantos imediatos, as formalidades testamentárias, e tendo sido doados todos os livros do falecido, a viúva ficaria disponível para uma nova união.
Ora, com uma gorda conta bancária, bens de raiz, uma mulher de 40 anos tem ainda muito viço pela frente. Sendo previsível que ela vá buscar, a seguir, um relacionamento afetivo com algum jovem de alta performance. Outra união perfeita!
PGCS - com ilustração cartesiana pelo autor

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