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08 março, 2010

O cúmulo do azar

Para a imaginação popular é... cair de costas e quebrar o nariz. Mas será que essa absurda conjugação de fatos pode realmente acontecer a alguém?
Bem, leia o relato a seguir e tire suas conclusões.

"Há uma locução proverbial, que eu literalmente realizei. Era em Corumbá: tinha sete para oito anos, embalava-me na rede, à hora da sesta, em um quartinho de telha-vã; a rede, ou por estar frouxa a argola, ou por um impulso demasiado violento da minha parte, desprendeu-se de uma das paredes e deu comigo no chão. Caí de costas; mas assim mesmo de costas quebrei o nariz, porque um pedaço de telha, mal seguro, que só esperava ocasião de vir abaixo, aproveitou a comoção e caiu também."

Saiba porém que essa história não foi contada por alguém de carne e osso. Relatou-a o autodeclarado "mais caipora de todos os homens", o desafortunado Sr. Matias Deodato de Castro e Melo, personagem suicida do conto Último Capítulo, de Machado de Assis.

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