Relembrando alguns:
"Todas as famílias felizes são iguais. As infelizes o são cada uma à sua maneira". (Leon Tolstói, "Anna Karênina")"Num lugar de La Mancha, de cujo nome não quero lembrar-me, vivia, não há muito, um fidalgo, dos de lança em cabido, adarga antiga, rocim fraco, e galgo corredor." (Cervantes, "D. Quixote")
"Me chame Ismael." (Herman Melville, "Moby Dick")
"Lolita, luz de minha vida, labareda em minha carne. Minha alma, minha lama. Lo-li-ta: a ponta da língua descendo em três saltos pelo céu da boca para tropeçar de leve, no terceiro, contra os dentes. Lo. Li. Ta." (Vladimir Nabokov, “Lolita”.)
"Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o Coronel Aureliano Buendía havia de recordar aquela tarde remota em que seu pai o levou para conhecer o gelo." (Gabriel García Márquez, “Cem anos de solidão”)
"Que Stendhal confessasse haver escrito um de seus livros para cem leitores, cousa é que admira e consterna. O que não admira, nem provavelmente consternará é se este outro livro não tiver os cem leitores de Stendhal, nem cinqüenta, nem vinte, e quando muito, dez. Dez? Talvez cinco. (Machado de Assis, “Memórias póstumas de Brás Cubas”)
“Verdes mares bravios de minha terra natal, onde canta a jandaia nas frondes da carnaúba; …” (José de Alenar, "Iracema")
— Nonada. Tiros que o senhor ouviu foram de briga de homem não, Deus esteja. O senhor ri certas risadas… Olhe: quando é tiro de verdade, primeiro a cachorrada pega a latir, instantaneamente — depois, então, se vai ver se deu mortos. O senhor tolere, isto é o sertão."(Guimarães Rosa, "Grande sertão: veredas")
E o que eu considero o mais impactante de todos:
"Quando Gregor Samsa despertou, certa manhã, de um sonho agitado, viu que se transformara, em sua cama, numa espécie monstruosa de inseto." (Franz Kafka, “A metamorfose”)
O leitor certamente deve ter em mente mais exemplos.
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