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19 novembro, 2009

O placebo: agradando demais?

O número das novas drogas testadas em ensaios clínicos controlados e que não mostram a sua efetividade em seres humanos está a aumentar. E a culpa dessa tendência vem sendo atribuída ao efeito placebo, o qual parece ser atualmente mais forte do que já foi no passado.
Obviamente, se uma nova droga testada não alcança um resultado significativamente superior ao de uma pílula de açúcar, isto significa que ela não tem condições de ser lançada no mercado farmacêutico. Um problema que inclusive começa a se verificar com algumas antigas drogas, como a fluoxetina (Prozac), cuja efetividade já foi questionada em ensaios clínicos mais recentes.
Leitura adicional
Placebo (do latim placere, significando "agradarei") é como se denomina uma substância (ou procedimento) inerte, e que apresenta efeitos terapêuticos devido aos efeitos fisiológicos da crença do paciente de que está sendo tratado.
O efeito placebo é usado para testar a validade de medicamentos ou técnicas verdadeiras. Consiste, por exemplo, no uso de cápsulas desprovidas de substâncias com propriedades terapêuticas, isto é, contendo substâncias conhecidamente inertes e inócuas, que são administrados a grupos de pacientes (voluntários) para comparar o efeito da sugestão no tratamento de doenças, evitando-se assim atribuir possíveis resultados terapêuticos a tratamentos sem valor. O princípio subjacente é o de que, num ensaio controlado por placebo, parte do sucesso da substância ativa é devido não a esta, mas sim ao efeito placebo da mesma.

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