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05 outubro, 2009

Vacinadores voadores

A malária, uma doença causada por protozoários do gênero Plasmodium, é um grave problema de saúde pública no mundo. Está presente em mais de 100 países, nos quais ocasiona entre 300 e 500 milhões de casos novos e cerca de 1 milhão de mortes, anualmente.
Apesar de décadas de investigação, uma vacina realmente eficaz contra a doença ainda não está disponível. Este insucesso, em grande parte, se atribui à dificuldade de induzir a imunidade contra a malária, quer através da exposição natural, quer artificialmente através de vacinação. E outro factor crítico é a nossa compreensão incompleta a respeito dos fenômenos envolvidos no desenvolvimento da imunidade a essa doença em seres humanos.
A vacinação de seres humanos contra a malária inicialmente foi tentada através de mosquitos infectados, após terem sido irradiados para a atenuação dos esporozoítos da malária presentes em suas glândulas salivares. No entanto, a exigência de um mínimo de 1000 picadas por mosquitos irradiados durante cinco ou mais sessões, a fim de induzir a imunidade em seres humanos torna pouco prático esse método de imunização.
A proteção contra a malária pode ser mais facilmente alcançada através da inoculação de esporozoítos intactos quando as pessoas são concomitantemente tratadas com cloroquina, uma droga que mata os parasitas no sangue mas não em sua fase hepática. É o que parece mostrar um trabalho recentemente conduzido em voluntários pelos Drs. Roestenberg, Mc Call e colaboradores, do Departamento de Microbiologia do Centro Médico da Universidade Radboud, em Nijmegen, Holanda.

Protection against a Malaria Challenge by Sporozoite Inoculation. In: The New England Journal of Medicine, volume 361:468-477, publicado em 30 de julho de 2009 (artigo em inglês).

Bônus
Link para a página Esquemas Animados da Editora Saraiva. Na mesma clique em Ciclo do Plasmodium.

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