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01 maio, 2009

Porque é difícil batizar uma gripe

O termo "gripe suína" (swine flu, em inglês) tem recebido saraivadas de críticas. Em primeiro lugar, porque confunde as pessoas que, com medo dessa gripe, deixam de consumir a carne de porco (a qual não transmite a enfermidade). E isto particularmente desagrada aos criadores de suínos que veem suas vendas e suas ações nas Bolsas despencarem. Além disso, até o momento, nenhum porco foi identificado como foco da doença. O próprio vírus dessa gripe é uma mistura dos vírus suíno, humano e aviário. 
Outro argumento a ser levado em conta é o de que o termo "gripe suína" ofende a sensibilidade de muçulmanos e judeus. Para estes povos qualquer referência a porcos é considerada insultuosa.
Tem sido tradição uma grande gripe ser adjetivada conforme o país em que começou. No caso atual, portanto seria chamada de "gripe mexicana". No México, além dos primeiros registros dessa gripe, é onde atualmente se concentra o maior número de casos da doença. Mas equívocos podem acontecer. Como aconteceu com a pandemia de 1918, logo apelidada de "gripe espanhola", e que se constatou depois não ter começado na Espanha (nos Estados Unidos, mais provavelmente).
Agora, acaba de entrar na roda a idéia de nomeá-la "gripe H1N1", um jargão técnico. Mas será que vai pegar?

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