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01 abril, 2009

Primeiro de abril

É o Dia dos Bobos. A melhor forma de aderir ao espírito do dia é ter nas mãos algum exemplar da revista Veja. Onde bobos e neobobos, manuseando suas ludibriosas páginas, podem escolher a mentira em que vão acreditar. 

Uma conversa para "boimate" dormir
Em 1984, a Veja nº. 764 divulgava uma matéria que falava de um cruzamento de boi com tomate, do qual resultava "uma carne que já vinha com o molho". Essa experiência, que abria uma nova fonteira científica, teria sido realizada pelos biólogos Barry MacDonald e William Wimpey na Universidade de Hamburgo. A fonte da então absurda notícia era uma brincadeira de primeiro de abril da revista New Science. E os nomes inventados para os biólogos (referências às lojas de alimentação McDonald's e Wimpys) e para o local das pesquisas (que lembrava hambúrguer) foram as pistas deixadas pela New Science de que a notícia não passava de uma "pegadinha". Tratando-a como verdadeira e exagerando-a, Veja fez a "barriga" que entraria para a história do jornalismo brasileiro. E, somente sob o achincalhe de outros órgãos de imprensa, é que viria a se retratar - dois meses depois.

Tempos bons aqueles em que a revista era apenas bisonha. E não havia ainda se transformado numa central de maldades a serviço de espúrios interesses.

2 comentários:

  1. A maior "pegadinha" coletiva de todos os tempos aconteceu na Holanda. Um importante matutino publicou em manchete de primeira página que naquele dia ( Primeiro de abriu ) O jornal havia sido impresso com tinta feita da flor nacionalm - A tulipa.
    Todos cheiraram o papel para sentirem que foram enganados. Era o que confirmava, em letras míudas logo adiante da manchete. Ponto para esses saxões tão circunspectos.
    Nelson Cunha

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  2. Nelson, optei por uma segunda publicação. Os recursos do blog não permitem modificar diretamente os comentários enviados. Apenas publicá-los ou não. Um grande abraço.

    A maior "pegadinha" coletiva de todos os tempos aconteceu na Holanda. Um importante matutino publicou em manchete de primeira página que,, naquele dia (primeiro de abril) o jornal havia sido impresso com tinta feita de tulipa, a flor nacional.
    Todos cheiraram o papel para sentirem que foram enganados. Era o que confirmava, em letras míudas logo adiante da manchete.
    Ponto para esses saxões tão circunspectos.
    Nelson Cunha

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