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25 agosto, 2007

Confusão em família

"Prezado Sr. Comandante:
Venho, por intermédio desta, pedir a minha dispensa do serviço militar. A razão para isto é bastante complexa e tentarei explicá-la. Meu pai e eu morávamos juntos e possuíamos um rádio e uma televisão. Meu pai era viúvo e eu, solteiro. No andar de baixo, moravam uma viúva e sua filha, ambas muito bonitas e sem rádio e nem televisão. O rádio e a televisão fizeram com que nossas famílias ficassem mais próximas. Eu me apaixonei pela viúva e casei com esta. Meu pai se apaixonou pela filha e também se casou com ela. Neste momento, começou a confusão. A filha da minha esposa, a qual casou com o meu pai, passou a ser minha madrasta. Ao mesmo tempo, porque eu casei com a mãe, a filha dela passou também a ser minha filha (enteada). Além disso, meu pai se tornou o genro da minha esposa que, por sua vez, é sua sogra. A minha esposa ganhou recentemente um filho, que é irmão da minha madrasta. Portanto, a minha madrasta também é a avó do meu filho, que é seu irmão. A jovem esposa do meu pai é minha mãe (madrasta), e o seu filho ficou sendo o meu irmão. Meu filho é então o tio do meu neto, porque o meu filho é irmão de minha filha (enteada). Eu sou, como marido de sua avó, seu avô. Portanto, sou o avô de meu irmão. Mas, como o avô do meu irmão também é o meu avô, conclui-se que eu sou o avô de mim mesmo!!! Portanto, Sr. Comandante, eu peço a dispensa do serviço militar, baseado no fato de que a lei não permite que avô, pai e filho sirvam ao mesmo tempo. Se o senhor tiver qualquer dúvida releia o texto várias vezes (ou tente desenhar um gráfico) para constatar que o meu argumento é realmente verdadeiro e correto.
Assinados: avô, pai e filho.

É um texto que, vira e mexe, aparece (desde a era pré-internet). Por vezes, sob a versão de uma carta deixada por um suicida.

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