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23 abril, 2007

Emanuel e Jorge Melo

Tenho com Emanuel de Carvalho Melo uma amizade de quatro décadas. Começou na época de nossas graduações em medicina pela UFC, embora fôssemos de turmas de anos diferentes. Concluí o curso superior em 1971 e Emanuel, em 1973. Depois, especializei-me em Pneumologia; Emanuel, em Cirurgia Cardiovascular. E, aprovados em concurso público, fomos ambos trabalhar no Hospital de Messejana.
Todavia, nossa amizade se fez no cenário das artes. Em Fortaleza dos anos 60 e 70, uma cidade que fervilhava de músicos profissionais e amadores. Dentre estes, Emanuel, que viera de Piripiri (PI) para cumprir o seu destino em nossa cidade, e o autor destas linhas. Eram nossos guias Chico, Edu, Caetano, Gil e Luiz Gonzaga. E, para curtir as harmonias e as letras das músicas destes “monstros sagrados”, Emanuel e eu nos encontrávamos em torno de um violão. Nesses encontros, as criações artísticas que um e outro fazíamos eram também apresentadas. Ressaltando que o amigo Emanuel também dava trela à poesia e à pintura.
Por seu intermédio, conheci Jorge Melo, seu irmão. Que tocava violão, cantava e compunha com desembaraço.
Adiante, colaborei com Emanuel em alguns livros (coletâneas em geral), que ele organizou e editou para o Centro Médico Cearense. E, quando foi fundada a Sobrames – Ceará, estivemos de novo juntos em sua primeira diretoria. Emanuel foi o primeiro diretor regional desta sociedade, criada em 1982 para congregar os médicos escritores no Ceará, e eu o sucedi no cargo principal.
Quanto a seu irmão Jorge Melo, que se tornou um músico de dimensão nacional, será assunto para uma nota à parte.

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