Chegavam os tempos da Nova República. O deputado Ulisses Guimarães era o nome mais influente da oposição. Em Brasília, era freqüente ele estar reunido com correligionários para conversar assuntos políticos ou amenidades. Em torno de uma mesa em que não podia faltar a sua bebida predileta, o liquor de poire (pêra, na tradução do francês, e que se pronuncia “puar”).
Até o reino mineral já sabia que o Dr. Ulisses se preparava para ser o novo centro do poder. Alguns políticos da situação, idem. E, por conta disso, eles também compareciam para beber do liquor de pêra do Dr. Ulisses Guimarães.
Inspirado em tal fato, eu cometi na época uma paródia com a marchinha carnavalesca “Turma do Funil” (a letra desta música foi colocada na caixa de comentários). Uma paródia que, diga-se de passagem, não recebeu nenhuma divulgação. Exceto a que faço agora.
Chegou a turma do poire
Todo mundo bebe
Mas ninguém é "vacilão"
Há, há, há, há
Ninguém aqui é "vacilão"
Tem eleição por perto
Vou já pra oposição.
Eu bebo por compromisso
Doutor Ulisses
Eu não sou um cara omisso
Enquanto houver poder
Tou aí, não sou muar
Bebendo com a turma do poire.
Turma do funil
ResponderExcluirComposição: Mirabeau/Oliveira/Castro
Chegou a turma do funil
Todo mundo bebe
Mas ninguém dorme no ponto
Há, há, há, há
Mas ninguém dorme no ponto
Nós é que bebemos
e eles que ficam tontos.
Eu bebo sem compromisso
É o meu dinheiro
Ninguém tem nada com isso
Enquanto houver garrafa
Enquanto houver barril
Presente está a turma do funil.