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31 outubro, 2007

E o provérbio tinha razão


Com soda cáustica,
com água oxigenada,
com...

Não adianta chorar sobre o leite derramado.

“Madame Bovary sou eu!”


Foi com esta frase que Gustave Flaubert se defendeu diante do juiz, no processo movido pelo governo francês, em que foi acusado de obscenidade em sua obra mais famosa.
O romance Madame Bovary que, inicialmente, foi publicado em capítulos numa revista, em 1856, e que saiu em livro em 1857.

30 outubro, 2007

Reunião da juventude “transviagra”

Cena Conversa de Farmácia, de Diógenes Paes, Jundiaí – SP.
In: baixaki.ig.com.br/imagens/wpapers

Só fiz mudar o título.

O meu revisor ortográfico acertou

Você também vai acertar.
Nesta questão de múltipla escolha que tem apenas um item correto.

E o gabarito da questão já se acha na caixa de comentários (mais um recorde de serviço do Blog).

29 outubro, 2007

Tabagismo passivo

A inalação em ambientes fechados da fumaça do tabaco por indivíduos que convivem com fumantes é denominada de tabagismo passivo e os indivíduos que inalam essa fumaça são chamados de fumantes passivos.
Quanto aos efeitos do tabagismo passivo na saúde, em curto prazo os não-fumantes podem apresentar irritação nos olhos, sintomas nasais, tosse irritativa, dor de cabeça e, se forem portadores de asma, exacerbações desta enfermidade. Em longo prazo, os não-fumantes que convivem com os fumantes, entre outros problemas, elevam os riscos para o câncer de pulmão e os eventos cardíacos.
As crianças que convivem com pais que fumam em casa também apresentam mais episódios das doenças do aparelho respiratório. Segundo estudo divulgado pela OMS, as crianças adoecem em mais 70 por cento (se a mãe fuma) e em mais 30 por cento (se o pai fuma). Além disso, o risco de apresentarem a síndrome da morte súbita infantil é aumentado em até 150 por cento, se a mãe é fumante.
Trata-se de um truque no processo de videofilmagem, mas como você reagiria se a fumaça dos cigarros se apresentasse com este aspecto nos ambientes fechados?



28 outubro, 2007

Tênis de porta

Via Yanko
Uma nova função para a porta está sendo proposta pelo designer Tobias Franzel. A partir desta versão em que ela pode ser usada para jogar partidas de pingue-pongue.


Na fotografia acima, vê-se que a criação de Tobias apresenta algumas características não usuais a uma porta:
- abre-se também no plano vertical;
- exibe os lados com cores diferentes, um deles sendo tipicamente verde;
- é compatível com a colocação de uma redinha (removível).
E conclui-se que, enquanto durar a partida, o fluxo de pessoas através da porta fica interditado. Ou, então, é realizado de um modo não convencional.

Tornados de fogo

Os incêndios florestais que, no último mês, têm devastado grandes áreas do sul da Califórnia, em ocasiões, também produzem este fenômeno. A formação de tornados de fogo, que ocorrem quando o vento em condições especiais (num redemoinho, por exemplo) se associa às chamas produzidas pelo incêndio.
É um espetáculo belo, porém terrível. Uma vez que este tipo de tornado (dois em um) potencializa a capacidade de propagação do incêndio.

A fotografia que ilustra esta nota é de um incêndio na Califórnia, em outubro de 2003, durante o qual os tornados de fogo também foram vistos.

27 outubro, 2007

Leite adulterado

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu ontem, 26, a comercialização em todo o país de alguns lotes do leite “longa vida” das empresas Parmalat, Calu e Centenário. A proibição é baseada em laudos laboratoriais que constataram “não conformidades” em lotes do leite comercializado pelas três empresas.

XIV Unifor Plástica

A mostra foi inaugurada na noite de 2 de outubro, ocasião em que os nomes dos vencedores em suas várias categorias foram também anunciados. E prossegue esta exposição até o dia 16 de dezembro, no Espaço Cultural Unifor, onde poderá ser apreciada pelo público cearense.
É uma mostra de artes visuais, que reúne 184 obras de 112 artistas nas categorias pintura, desenho, escultura, gravura e fotografia. Que representa, portanto, uma síntese da grande diversidade de formas, cores e estilos com que os sentimentos humanos podem ser plasticamente expressos.



Nesta décima quarta edição da Unifor Plástica, os artistas premiados (primeiros lugares) nas cinco categorias da exposição foram:
Lira Juraci – pintura
Juliana Garcia – desenho
Eusébio Zloccowick – escultura
Mario Sanders – gravura
Eduardo Xerez – fotografia

26 outubro, 2007

Morte ou mamba?

Três missionários foram aprisionados por uma tribo africana, cujo chefe lhes ofereceu escolherem entre morte ou mamba (uma serpente africana peçonhenta, cuja picada inflige grande sofrimento antes de uma morte certa). Dois deles, sem saber do que se tratava, escolheram mamba e aprenderam da maneira mais cruel que mamba significava uma longa e torturante agonia, para só então morrer. Diante disso, o terceiro missionário rogou pela morte logo, ao que o chefe lhe respondeu:
"Morte você terá, mas primeiro um pouquinho de mamba".


Esta pequena história foi inserida no artigo “Escolhendo morte ou mamba em UTI”, do Dr. John Hansen, o qual foi publicado no Washington Post, em maio de 1991. Desde então, é a historieta relatada e comentada por outros articulistas e conferencistas quando abordam a questão da distanásia.

Leitura recomendada:
"A terminalidade da vida", de Márcio Fabri dos Anjos.
"Distanásia: Até quando investir sem agredir?", de Leo Pessini.

25 outubro, 2007

Crabs’ eaters

Hoje é quinta-feira. À noite, chova ou faça lua, milhares de fortalezenses invadirão as barracas da Praia do Futuro com um propósito firme: comer caranguejos. Juntar-se-ão aos invasores locais um grande número de turistas, ansiosos por participarem deste arraigado costume da terra.
Nesses restaurantes, os caranguejos cozidos em leite de coco vêm servidos em bacias, acompanhados por uma porção de farofa. E, para romper a blindagem natural dos crustáceos (já que a fervura no panelão não consegue isso), nossos crabs’ eaters (comedores de caranguejos) recebem uns pauzinhos roliços. Com os quais se põem a quebrar as patas dos crustáceos em busca de suas tenras carnes.
Não há como os caranguejos possam lutar contra essa maré humana. Que tem dia certo da semana para acontecer, em Fortaleza. É a quinta-feira, como já disse. Pois, neste dia, a sanha para comê-los é tanta que muitos dos crabs’ eaters não conseguem esperar até a noite chegar. Em seus locais de trabalho, com o que têm à mão, e já começam furiosamente a martelar no juízo dos caranguejos.


- Que entrem os caranguejos!

24 outubro, 2007

Unidos pelo trocadilho

Gregory Peck morreu em 2003 e Deborah Kerr, em data recente. Este segundo fato, ao ser divulgado na mídia, colocou novamente em evidência o trocadilho "se a Deborah Kerr (quer) que o Gregory Peck (peque)". Lembrado pela letra da canção "Flagra" (com vídeo no YouTube), de Rita Lee e Roberto de Carvalho, que foi tema de abertura da novela "Final Feliz" (TV Globo, 1983).



Não tenho preconceito contra trocadilhos. Aliás, considero-os uma das fórmulas consagradas para se fazer humorismo. Nem Cristo os dispensou: "Pedro, tu és pedra etc e tal".
Mas, esta nota serve também para levantar uma questão. Apesar da contemporaneidade dos dois atores em Hollywood, alguma vez filmaram juntos? Penso que não.
Agora, certo é que, em nossa língua, ambos vão estar juntos para sempre. Pelo trocadilho.

23 outubro, 2007

Soluções tecnológicas - 4

Via Yanko Design

É uma mesa ou é uma cadeira?
Acho que a ScooterDesk (o nome deste artefato) é ambas as coisas. Senta-se, utiliza-se para digitar e, como tem rodinhas, vai-se nela aos vários cantos do escritório.
É ideal para quem tem bicho carpinteiro (*).

(*) Um artigo a respeito do bicho, aqui.

Demóstenes e as pedras

O grego Demóstenes (384 – 322 a.C.), que disputa com o romano Cícero o título de maior orador da Antiguidade, não chegou a essa final da oratória com facilidade. Sim pelo esforço que empreendeu para superar a sua má dicção até se tornar um brilhante orador.
Demóstenes discursava, com pedras na boca, para as ondas do mar; e, com pedras nas mãos, para outras platéias.

22 outubro, 2007

Uma bala que cumpriu o seu destino

Henry Ziegland pensou que tivesse driblado para sempre o azar.
Em 1883, ele terminou uma relação afetiva com uma garota que, desesperada, cometeu suicídio. Um irmão dela, furioso com o acontecido, atirou em Ziegland, atingindo-o no rosto. Após o que, pensando que Ziegland morrera, usou a mesma arma para se suicidar.
Mas Ziegland não havia morrido. A bala, atingira o seu rosto apenas de raspão, indo a seguir se alojar numa árvore. E Ziegland se considerou desde aquele dia um homem de sorte.
Alguns anos após, entretanto, Ziegland decidiu cortar a árvore que conservava a bala no tronco. A árvore havia crescido muito, e cortá-la parecia um grande desafio. Por isso, Ziegland resolveu explodi-la com umas bananas de dinamite. Com a explosão, a bala foi lançada na cabeça de Ziegland, dessa vez para matá-lo.

Fonte: Ripley's Believe It or Not! Tradução PGCS.

21 outubro, 2007

Flores com autopropulsão

São as borboletas, esses graciosos seres que enfeitam e alegram a Natureza.
Aprecie abaixo uma coletânea de fotografias delas, disponível no Scribd (clicando sobre a primeira imagem antes de fazer o rolamento).


Agora, leia o que algumas pessoas disseram sobre elas:
"A borboleta não conta meses, mas momentos, e tem tempo bastante." Rabindranath Tagore
"A lagarta faz o trabalho, a borboleta fica com a publicidade." Anônimo
"A borboleta é uma flor que voa; a flor é uma borboleta imóvel." Ponce Denis
"Eu apenas peço para ser livre. As borboletas são livres." Charles Dickens
"Nós somos como as borboletas. Esvoaçamos por um dia e achamos que será para sempre." Carl Sagan 
"O bater das asas de uma borboleta pode mudar o tempo no outro lado do planeta." Paul Erlich
"Nós somos mais próximos das formigas do que das borboletas. Poucas pessoas conseguem suportar tanto lazer." Gerald Brenan
 24/04/2015 - Atualizando...
"É preciso que eu suporte duas ou três larvas se eu quiser conhecer as borboletas." Saint-Exupéry

20 outubro, 2007

Penso, logo cito - 2

Affonso Romano de Sant'Anna, poeta brasileiro:

"Aprendemos a ser filhos depois que somos pais. E só aprendemos a ser pais depois que somos avós."

O caso do vaso

No Estado de Washington, EUA, a polícia encontrou este vaso sanitário gigante – com rodas – no meio da estrada de Kings County. E ainda não sabe a quem pertence o estranho objeto.


Num “furo” de investigação, o blog já identificou a empresa proprietária deste “veículo-privada”.

19 outubro, 2007

Tocando piano

1 - de ouvido
2 - com uma só mão

3 - com os pés


No concerto
Um político, precavendo-se para não entrar numa “saia justa” por seus parcos conhecimentos musicais, pergunta a um assessor:
- Você entende de música?
- Mais ou menos.
- O que ele está tocando?
- Piano.

P.S. Ler também a postagem "Pela tangente" (arquivo de fevereiro, dia 20).

18 outubro, 2007

Dia do Médico

HUMOR
Cristo retornara à Terra. Andando pelo Brasil, aconteceu de passar em frente a um ambulatório do SUS.
Entrou. O ambulatório estava lotado de pacientes. No entanto, havia um só médico para atender a todos, estando o profissional já muito cansado da grande quantidade de atendimentos que fizera naquele dia.
Com pena da situação que encontrou, Cristo resolveu se passar por médico, dando a entender que fora recém designado para trabalhar naquele ambulatório. E, num gesto de compreensão com o exausto médico, dispensou-o de cumprir o resto da jornada. Assegurando-lhe que, nas horas seguintes, poderia cuidar sozinho do atendimento.
Após o que, tomando o lugar do profissional, Cristo mandou entrar o próximo paciente.
O que entrou, trazido numa cadeira de rodas, era um paralítico de longa data.
Então, Cristo pôs a mão sobre ele e falou:
- Levanta-te e anda!
O homem levantou-se e, com passos firmes, saiu andando do consultório médico. Saiu a empurrar a cadeira de rodas que, a partir daquele momento, lhe deixara de ter serventia.
Mas, ao atravessar a sala de espera, foi logo cercado por um grupo de pacientes. Queriam eles saber como era o modo de atender do novo médico.
O homem lhes informou:
- Igual ao outro. Nem examina.

Feliz Dia, doutor!

Carretas gêmeas

-
O peso desta carga está sendo distribuído em duas carretas.
O desafio vai ser sincronizar as velocidades destas carretas na estrada até a carga chegar ao destino.

Imagem: srbalaji (77), scribd

16 outubro, 2007

Robinson Crusoé

Originalmente a novela de Daniel Defoe tinha este título:

“Vida e aventuras estranhas e surpreendentes de Robinson Crusoé, de York, marinheiro que viveu 28 anos inteiramente só em uma ilha deserta da costa americana junto da embocadura do grande rio Orenoco, tendo sido lançado à margem em conseqüência de um naufrágio em que toda a equipagem pereceu, exceto ele próprio; com o relato da maneira não menos estranha como foi por fim libertado por piratas. Escrito por ele mesmo. Londres, 1719.”


Título, isso??? Para minhas sinapses (neuronais) está mais para uma sinopse.

15 outubro, 2007

A série Abu Ghraib de Botero

No ano de 2005, o colombiano Fernando Botero pintou uma série de quadros sobre o tema Abu Ghraib. É o nome da famigerada prisão iraquiana onde os prisioneiros das tropas norte-americanas têm sido vítimas de maus tratos, humilhações e torturas. Algumas das fotografias que serviram de inspiração aos quadros de Botero são bastante conhecidas do público.
A marca característica da pintura de Fernando Botero é a presença das “figuras gordas”. E os exemplares de sua obra sui generis encontram-se expostos em 44 museus do mundo.
Esta série, sobre os horrores de Abu Ghraib, esteve em exposição na Malborough New York, no período de outubro – novembro de 2006.


Ainda pode ser vista no website da galeria, clicando aqui.

14 outubro, 2007

O radar já era?

Frase escrita na traseira de um trailer, com placas de Canela – RS, ontem estacionado na Praça Martins Dourado, em Fortaleza:

VELOCIDADE CONTROLADA
POR BURACOS

Na blogosfera - 16

Em seu Li por Aí, Airton Soares reproduziu dois verbetes do meu “Dicionário de Frases” (05/10). Este dicionário, que vem a ser um trabalho hercúleo que eu resolvi abraçar, provavelmente só estará concluído aí pelo ano 3.000. Antes, muito antes, alegando falta de terabytes para o arquivamento de tantas frases, o Google provavelmente terá desembarcado deste ambicioso projeto, arrisco a dizer. Brincadeiras à parte, professor Soares, sou-lhe grato pela generosidade com que fala de mim.
No comentário que colocou em uma de minhas postagens, a médica cardiologista e intensivista Raquel Gondim me encorajou a prosseguir com elas. Obrigado, Dra. Raquel. A médica reside em Fortaleza onde publica O Correio da Saúde (um blog dedicado a pacientes, estudantes e residentes de medicina).

Li por Aí
O Correio da Saúde

“Diga”

No Dicionário Cravo Alvin da Música Popular Brasileira não existe, em toda a musicografia de Vicente Paiva, uma canção com o nome “Diga”. Deve-se tratar, salvo melhor juízo, da canção “Nós Dois”, do mesmo Vicente Paiva, em parceria com Fernando Martins. A música é belíssima, mas faço ressalvas quanto à qualidade da letra (que apenas ajuda a fixar a melodia).
Aqui, João Gilberto (voz e violão) e sua filha Bebel (voz) fazem um maravilhoso dueto neste samba. É um vídeo imperdível.

13 outubro, 2007

O flanelinha

Dessa galeria de personagens típicos do Ceará, em que já figuravam o jangadeiro, o boiadeiro e a mulher rendeira, passou a fazer parte o flanelinha. Sem o charme de um traje característico que o identificasse, recorreu o novo personagem típico da região a uma flanela para ser identificado. Obtendo tal sucesso com o recurso que, em virtude disso, ganhou o já citado apelido genérico.
Sabe-se que há dois tipos básicos de flanelinha: o de semáforo, que tem a proposta de limpar o seu carro em questão de segundos, e o de estacionamento, cuja religião o proíbe da nefanda prática. A este segundo tipo, cabe apenas “pastorar” o veículo até que o dono retorne. Não sendo incluído em seu serviço que vá oferecer resistência a ladrões.
Para o flanelinha não existe essa coisa de local ermo. Em qualquer via pública onde um carro puder ser estacionado, haverá sempre um flanelinha a postos. E haverá vários deles, quando o carro for sair. Contrariando o lema de que o flanelinha “trabalha” com um olho no carro e outro na concorrência.
Por fim, entre o dono do carro e o flanelinha, existe uma espécie de acordo tácito. O dono, ao voltar, recebe o carro sem arranhões e sem pneus murchos; o flanelinha então é pago. Acertar depois e sair de mansinho são consideradas más práticas. Que podem arranhar ou murchar esse acordo, mais adiante.

Ilustração: Laerte

Pós-escrito (23/12/11)
O colega/amigo Nilo Mendonça me enviou este vídeo com A flanelinha americana. É... perdemos feio na comparação.

12 outubro, 2007

Asma e derrame pleural

Um paciente do sexo masculino, 63 anos, motorista de táxi, ex-fumante, procurou um médico pneumologista de seu plano de saúde para o tratamento de uma asma crônica dependente de terapia corticóide oral.
Dois meses antes, havia apresentado febre e astenia ao longo de uma semana, durante a qual a dispnéia tinha se mostrado com menor grau de resposta aos medicamentos que ele habitualmente usava para a asma. Atendido no setor de emergência de um hospital, após o exame clínico e a realização de uma radiografia de tórax, foi constatado estar apresentando um derrame pleural de médio volume à esquerda.
---__TORACOCENTESE
Submeteu-se a um esvaziamento por agulha (toracocentese) do líquido pleural. Neste procedimento, foi coletada uma quantidade de cerca de meio litro de líquido pleural, com aspecto claro, que foi encaminhado para exames laboratoriais, juntamente com uma biópsia de pleura. O paciente recebeu alta da enfermaria de observação, sendo orientado a retornar duas semanas depois para saber os resultados dos exames.
Na data aprazada, os resultados dos exames foram recebidos pelo paciente. Mas não conseguiu mostrá-los ao médico solicitante do setor de emergência, por este se encontrar de férias. Contudo, nas semanas seguintes, o paciente também não compareceu no hospital para apresentá-los a outro profissional. Foram os motivos alegados: estar sem os sintomas da intercorrência e imaginar-se que ficara curado por meio da toracocentese (sic).
Até que, por ocasião de uma consulta a outro pneumologista, os resultados daqueles exames foram enfim apresentados. A citologia do líquido (com linfocitose) e a biópsia (com granuloma caseoso) eram conclusivas para tuberculose pleural. A toracocentese, além do alívio que lhe proporcionara, fora muito importante para a confirmação diagnóstica. Mas, ao paciente, ainda faltava a adoção de uma medida indispensável: iniciar o “tratamento específico”.
É feito este tratamento com medicamentos orais, ingeridos em horário único diário, durante seis meses. Não há necessidade de o paciente se afastar do trabalho. Embora se trate de uma forma "fechada" (não contagiante) da enfermidade, a história natural da tuberculose pleural mostra que ela costuma recrudescer, apresentando-se sob a forma pulmonar, meses ou anos após, quando não houve antes o tratamento medicamentoso. E ser idoso e/ou usar cronicamente corticóide (droga depressora da imunidade) estão entre os fatores que influem para que assim evolua.

O caso é de etiologia comum para o derrame pleural. Foi aqui descrito para chamar a atenção sobre a importância de o paciente sempre mostrar os resultados de seus exames ao médico que o assiste (PGCS).

11 outubro, 2007

Um bebê que cai

É salvo duas vezes pelo mesmo homem.
Em Detroit, EUA, na década de 1930, uma jovem mãe (pouco cuidadosa) deve ter ficado eternamente grata a um certo Joseph Figlock. Quando este senhor passava na rua, o bebê dessa jovem mãe caiu de uma janela alta sobre Figlock. Com isto, a queda do bebê foi amortecida e ambos saíram ilesos do episódio. Um ano após, a mesma criança caiu da mesma janela sobre o mesmo senhor Figlock, que passava no mesmo local. E, outra vez, ambos sobreviveram ao acidente.

Fonte: Mysteries of the Unexplained.

Recarga de marido

-
Algumas horas após ele vai estar “pronto pra outra”.
Outra... com a mesma, bem entendido.
O blog não apologiza adultérios.

10 outubro, 2007

Mancadas científicas e tecnológicas

Ficará provado que os raios-X são uma farsa. Lord Kelvin, físico britânico.
A teoria dos germes de Louis Pasteur é uma ficção ridícula. Pierre Pachet, professor de Fisiologia em Toulouse, 1872.
O telefone tem muitas imperfeições para ser considerado um objeto de comunicação. Western Union, memorando interno, 1876.
O rádio não tem futuro! Lord Kelvin, 1897.
Quem quer ouvir atores falando num cinema? H. M. Warner, fundador da Warner Brothers, 1927.
Eu penso que há um mercado mundial para cinco computadores. Thomas Watson, presidente da IBM, 1943.
Não há motivo para alguém desejar ter um computador em casa. Ken Olsen, presidente da Digital Equipment Corporation, 1977.
640 Kb devem bastar para qualquer pessoa. Bill Gates, 1981.
Tudo o que poderia ser inventado já foi inventado. Charles Duell, U. S. Office of Patents, 1899.
Eu acredito no cavalo. O automóvel é apenas um fenômeno passageiro. Imperador William II.
Máquinas voadoras mais pesadas que o ar não são possíveis. Lord Kelvin, 1895.
Aeroplanos são brinquedos interessantes, porém desprovidos de valor militar. Marechal Ferdinand Foch, professor de Estratégia.
Você planeja fazer um navio que se move contra o vento e a corrente, fazendo fogo abaixo do deck? Ora, eu não tenho tempo para escutar tamanho absurdo! Napoleão Bonaparte, a respeito do projeto de Robert Fulton sobre o navio a vapor.


Eis algumas mancadas científicas e tecnológicas (em última análise, mercadológicas) que foram cometidas por pessoas importantes. Não estão cronologicamente organizadas. Lord Kelvin, pelo número de vezes com que apareceu nesta relação, talvez gostasse de opinar em demasia.

09 outubro, 2007

Lados

Algumas reflexões sobre o importante assunto:
Tudo tem lados. E o avesso não deixa que haja exceção à regra.
Os pólos também são lados, só que radicais.
No tempo do LP havia o lado B, que ninguém ouvia. Foi o CD – que não tem A nem B – que acabou com esse déficit de audição.
A fatia de pão tem dois lados. Com relação à manteiga: um é com, outro é sem. Mas, quando a fatia cai no chão, é sempre com o lado com. Pesquisadores estudam.
Eles também estudam porque a barata ao morrer é monótona. Na escolha do lado que vai exibir no velório.
O rio com seus dois lados. E Guimarães Rosa ainda vivia a falar de uma terceira margem.
A lua com seu lado escuro. Às claras, depois que a ciência espacial fez a devassa.
E, para finalizar estas reflexões, aqui cabe um pensamento de um guru local, Augusto Pontes:
“Estou do seu lado, mas não me olhe de banda.”

08 outubro, 2007

A corrupção política no Brasil

Uma tendenciosa revista, em sua carga golpista semanal, tenta passar a impressão de que a corrupção política no Brasil é um apanágio da atual base partidária governista.
No ranking do TSE, elaborado com os números (623) dos mandatos cassados durante o período 2000 – 2007, a corrupção política se mostra de corpo inteiro. Com os três primeiros lugares deste ranking sendo ocupados pelo DEM (ex-PFL), PMDB e PSDB.
Observe o gráfico abaixo.

Leia mais sobre o assunto no Blog do Olímpio.
E tire suas conclusões.

07 outubro, 2007

Naquele tempo



Jesus disse a seus apóstolos:
- y = ax²+bx+c...
Os apóstolos, confusos, perguntaram:
- Mas, senhor... que é isso?
Jesus prosseguiu:
- Ora, é apenas uma parábola.


Imagem do blog.uncovering.org, no qual se pode ler também um texto sobre A Nacionalidade de Jesus - com "3 provas para cada uma de suas 7 possíveis nacionalidades".

Cão x porco-espinho

Se o cão venceu essa luta já pode mudar o nome para Pirro.

06 outubro, 2007

“Sábado à Noite”

Chico Buarque canta esta música de Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro, acompanhado em estúdio por um excelente grupo de músicos.
Ao cavaquinho, encontra-se Luciana Rabello, irmã do violonista Raphael (já falecido), um dos maiores que o Brasil já teve.
O vídeo "é uma aula de samba".

As regras do discurso

-
1) Quando um burro fala os outros murcham as orelhas.
2) E não são concedidos apartes aos que assim permanecem.

05 outubro, 2007

"Não vi dor nem confortos maiores"

Transcrevo a mensagem que a Dra. Márcia Alcântara Holanda enviou por e-mail aos pneumologistas do Ceará, a propósito da morte prematura de Germana, filha da nossa colega Dra. Ana Lúcia Torres, com a qual me solidarizo nestes difíceis momentos por que passa:

"Bom dia queridos pneumologistas da SCPT.
Ontem testemunhei a dor absurda que sentia a nossa querida companheira pneumologista Ana Lúcia, pela perda brutal de sua linda e amada filha Germana.
Aqui não cabe palavras nem gestos especiais, mas vale dizer a vocês que do tamanho que era a dor da perda, era o das manifestações de conforto, de uma massa de seres que compareceram à missa de sétimo dia, pela ascensão dessa linda e vibrante jovem aos céus.
A emoção se infiltrou e dominou a todos, chamando atenção a serenidade de seus pais e irmão, numa expressão clara de fé e esperança, inseridas na saudade imensurável de sua Germana.
A esses pais a nossa solidariedade na dor e louvor pela conformação que já se instala em seus espíritos.
Abraço à família, a nossa Ana Lúcia e a todos nessa imensa e doída saudade."

Márcia Alcântara

De um dicionário de frases

Bebel que a cidade comeu: 1. Romance urbano de Ignácio de Loyola Brandão (de 1968). 2. Adaptação para o cinema nacional deste romance. 3. Personagem feminina (foto) de “Paraíso Tropical” que, no último capítulo da novela, entregou-se à voracidade de um senador da República e, com isso, se deu bem. 4. Por extensão, a prostituta sem categoria que ficou seletiva.
Deite-se na cama e crie fama: 1. Corrupção do provérbio “crie fama e deite-se na cama”. 2. Diz-se de quem reordena esses fatores (fama e cama) para alterar o seu produto (pensão e/ou cachê de uma revista apelativa).

04 outubro, 2007

Flora do Ceará

Durante o período de 26 de setembro a 6 de outubro, no andar térreo do Center Um, pode ser visitada a “Exposição Flora do Ceará”, organizada pelo Engenheiro Agrônomo Antonio Sérgio Farias Castro. Site: www.floradoceara.com.
Consiste de fotografias ampliadas e de exemplares de flores e frutos de plantas nativas das várias regiões do Estado do Ceará (litoral, sertão e serras). Como provas irrefutáveis de que o Ceará foi bem aquinhoado pela Natureza.
A exposição é promovida pelo Centro Cultural Oboé.
PS >
Reconheci: pequi, mutamba, juazeiro e jenipapo. O resto foi pura aula.

Geek-geek, net-net

Para ser o nome de uma seção especializada em informática e internet este título seria um achado.
Mas soa a algo familiar, não é? Pelo menos para aqueles que, aí pelos anos 70, liam o Pasquim e que devem estar, neste momento, se lembrando do "Gip-gip, nheco-nheco". Uma coluna que o Ivan Lessa escrevia no destemido hebdomadário, com o concurso de vários cartunistas do Pasquim nas ilustrações.
O nome, pouco compreensível, fora tirado da letra de um xote que fazia sucesso na época. Para uma coluna que tinha uma fórmula imbatível, a dos aforismos sarcásticos. Eis dois deles: “Baiano não nasce, estréia.” “O brasileiro é um povo com os pés no chão – e as mãos também.” Como já disse alguém, eram “desaforismos” o que Ivan Lessa criava.
Enquanto o escritor “gipava”, os cartunistas do Pasquim (Jaguar, Henfil, Caulos ou Ziraldo) “nhecavam”. Até o dia em que ficou decidido ser apenas o Redi o que cuidaria das ilustrações. Porque, segundo o próprio Ivan Lessa, era “quem dava mais liga”.
Em 1990, a Escola de Samba Acadêmicos da Santa Cruz desfilou no carnaval carioca com o enredo "Os Heróis da Resistência". Uma homenagem ao Pasquim e, por extensão, aos órgãos congêneres pela luta democrática que haviam empreendido durante os chamados anos de chumbo do Brasil.
Assistam ao vídeo do samba-enredo da Santa Cruz daquele ano.



Com o refrão:
“Gip, gip, nheco, nheco
Por favor, não apague a luz!
Goze desta liberdade
Nos braços da Santa Cruz.”
E com a explicação sobre o “não apague a luz” do refrão:
É uma referência a uma das frases que Ivan Lessa criara (“O último a sair apague a luz do aeroporto.”), em resposta a um slogan da ditadura militar (“Brasil, ame-o ou deixe-o.”).

Agora, que faz Ivan Lessa? Escreve uma coluna no website da BBC, em Londres onde vive.

03 outubro, 2007

Fases da vida

-
Num gráfico de linha:
Num gráfico de colunas:
Fonte Web

02 outubro, 2007

Sem justa causa

Leiam:

Decreto nº 28.314, de 28 de setembro de 2007
"Demite o gerúndio do Distrito Federal, e dá outras providências.
O governador do Distrito Federal, no uso das atribuições que lhe confere o artigo100, incisos VII e XXVI, da Lei Orgânica do Distrito Federal, DECRETA:
Art. 1° - Fica demitido o gerúndio de todos os órgãos do Governo do Distrito Federal.
Art. 2° - Fica proibido a partir desta data o uso do gerúndio para desculpa de INEFICIÊNCIA.
Art. 3° - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 4º - Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, 28 de setembro de 2007.
119º da República e 48º de Brasília

JOSÉ ROBERTO ARRUDA"

Sr. Governador:

O gerúndio, esta simpática forma nominal do verbo, não é algo que se demita ad nutum. Pois integra, desde tempos imemoriais, o patrimônio oral do povo brasileiro e como tal deve ser respeitado (não digo cultuado). O que o senhor fez, com a publicação desta lei, foi exercitar o seu pensamento mágico. E mostrar que, com essa confusão de significado com significante, não é lá tão esperto assim. Haja vista que demite o gerúndio... para não dispensar os seus auxiliares considerados ineficientes. Talvez fosse o caso de o senhor procurar algum burgo em Portugal (onde as pessoas usam o infinitivo no lugar do gerúndio) para o início de uma nova governadoria. Sem preocupações desta espécie.
Quanto à sua famigerada lei, VAMOS ESTAR PROVIDENCIANDO o envio para ser também publicada no Febeapá, em uma edição revisada e atualizada do livro.
Ass. BPG

01 outubro, 2007

Fúria de matar

Em 30 de setembro de 1955, o ator James Dean perdeu a vida em um acidente de carro, quando se dirigia para uma corrida de automóveis – uma de suas paixões.


O seu carro, um Porsche 550 Spyder, após o acidente que o vitimou, prosseguiu com sua história de infortúnios:

Na garagem em que foi guardado, depois do acidente, o carro passou sobre as pernas de um mecânico, esmagando-as.
A seguir, comprado por um médico, o carro ocasionou a morte do novo proprietário numa corrida de automóveis.
Outro corredor, que também morreu na mesma corrida, havia realizado antes um conserto no Porsche.
A garagem em que o carro permaneceu para a nova recuperação, foi destruída por um incêndio.
Em Sacramento, o carro se desprendeu do local de exibição e fraturou o quadril de um adolescente.
Em Oregon, o carro soltou-se de um reboque e colidiu com a frente de uma loja.
Finalmente, em 1959, quando estava sendo instalado em um suporte de aço, o carro misteriosamente se quebrou em onze pedaços.

Fonte: Rajesh2k, James Dean’s Car Curse. In: 20 Most Amazing Coincidences, Scribd.
Tradução: PGCS.